sexta-feira, 13 de novembro de 2009

[América Latina] Nicarágua e a política criminal da "Mano dura"




Precisou de 1 década de violências pra saber que o caminho é a não-violência... contraditórios caminhos, não?!

'Mano dura' não foi eficaz na América Latina


A partir dessa quarta-feira (11), a capital da Nicarágua será o cenário de um interessante debate sobre as estratégias que os organismos de segurança cidadã e a sociedade civil podem aplicar para controlar a crescente violência criminal por parte de grupos juvenis nos países latino-americanos.

A Conferência Regional Polícia e Juventude é o resultado de um programa promovido pela Rede Latino-americana de Policiais e Sociedade Civil. Nesta oportunidade o evento conta com o auxílio da Polícia Nacional da Nicarágua.


Segundo a coordenadora da Rede, Rachel Maître, serão apresentados os resultados de uma pesquisa sobre os mecanismos de prevenção da violência juvenil aplicados atualmente pelas principais organizações policiais da região. Para ela, uma das premissas das políticas de mano dura contra a delinquência juvenil, em vigor há mais de uma década, "se mostraram ineficientes e inclusive contraproducentes, levando ao reforço e ao melhor armamento dos grupos criminosos."


Desta forma, as pandillas" mexicanas, as maras centro-americanas e as bandas que operam na Colômbia, Venezuela e Brasil mostram cada vez maior organização e capacidade de exercer a violência, alimentada pelo tráfico e pelo consumo de drogas.

Maître indicou que em alguns lugares da região organizações civis e policiais desenvolveram experiências de prevenção do delito e da violência juvenil baseadas na inclusão e na proximidade entre a polícia e a sociedade.

A ideia central é que a juventude pode ser formadora da paz em sua comunidade. Mas tais iniciativas geralmente são pouco institucionalizadas e com escasso alcance geográfico. Até agora, não foi feito um inventário de custos e benefícios. Portanto, afirmou a coordenadora da Rede, "sua influência nas políticas públicas de maior alcance segue debilitada."

Leia a íntegra: Comunidade Segura

 Javier Mayorca é Jornalista

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