sexta-feira, 30 de janeiro de 2009




Oi Pesso@l!!!


Janeiro de 2009 nem terminou, mas as novidades já estão acontecendo...
Dissertação em trabalho de gestação, leituras esquentando cada vez mais, muito mais que o verão em Floripa, inclusive!
Mas como é tempo de coisas novas trago o endereço da minha NOVÍSSIMA PÁGINA PESSOAL.
Em que pese trabalhar em .html não ser minha área, tenho tentado, nas horas vagas, entender um pouco mais e, assim, fazer e implementar a página.
Ainda está em construção, mas pretendo fazer um bom espaço de socialização e difusão de materiais para pesquisas, por isso, toda a contribuição e sugestão será muito bem-vinda!!!


ou


O Blog foi incorporado à página, motivo das alterações de layout também em fase de adaptação!
Quanto às notícias, estou fazendo um apanhado de acontecimentos e na próxima semana devo postar algo interessante.
Não esqueçam que ontem começou o FÓRUM SOCIAL MUNDIAL, em Belém do Pará, se estão na mesma condição que eu, de não poder acompanhar in locu , acessem a página oficial


Lá tem muita coisa boa para se deliciar!
Atualizada em tempo real.

Enquanto isso, no outro hemisfério, de uma forma bem "engomadinha", no centro Capitalista do Universo, Davos - Suíça, ocorre o Fórum Econônimo Mundial, segue o site oficial

Considero de extrema relevância também dar uma olhada e ver quais as discussões que estão sendo colocada em pauta neste momento tão delicado da Economia Mundial, bem como do Modelo Capitalista de Produção.
PORÉM, todos sabem que meu lema é sempre:


Um outro mundo é possível SIM!!!


Rememorando minha passagem pelo Fórum Social de 2005, em Porto Alegre, ilustro com mais uma figura!!!
Beijos,
Dani Felix

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Por que a atenção à Segurança Pública?


Car@s Amig@s,

Duas das revistas impressas que costumo ler - Le Monde Diplomatique e Caros Amigos [que sou assinante], vieram com o mesmo assunto como Matéria da Capa: Segurança Pública e Violência Urbana.
Chamou minha atenção por ser objeto da minha pesquisa, mas fiquei a pensar do porquê que esta mídia seleta está chamando atenção de seu público refinado...
Por que a "mídia grande" está ocultando o debate sério e comprometido da violência e da segurança pública?
Eu tenho algumas opiniões formadas sobre o assunto e, paulatinamente, divido-as aqui no blog. Depois da leitura percebi que estamos diante de 2 debates importantes, mas que enfocam os mesmo Atores sociais: Polícia e "Bandidos".


Mas a pergunta que não quer calar e que serve para reflexão: quem são de fatos os "Bandidos"?
Este questionamento me incomoda muito, me causa pânico, às vezes revolta, principalmente quando vejo inocentes serem exterminados com a justificativa socialmente aceita e confortante do discurso de "Lei e Ordem".


*Trago a seguir duas matérias da Caros Amigos on-line e deixo a dica do sumário da Le Monde Diplomatique Brasil a quem interessar.


Beijos e obrigada pela audiência bloguística!!!
Dani Felix



Matéria da Capa: VILA REZENDE, JAZIGO 486 Mais um jovem de periferia assassinado pela PM e PM ABORDA UM TERÇO DA POPULAÇÃO DE PIRACICABA
Le Monde
A POLÍCIA NA MIRA: combater a política de extermínio e criar uma nova corporação, por Luiz Eduardo Soares.




VILA REZENDE, JAZIGO 486 Mais um jovem de periferia assassinado pela PM
“Nós, Policiais Militares, estamos compromissados com a defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana” - inscrição presente em
impressos usados pela PM e em fachadas de batalhões e outras unidades.




A história a seguir é assustadoramente comum e, infelizmente, qualquer semelhança com outras histórias não é mera coincidência. Mudam os personagens, muda a ordem dos acontecimentos, mudam hora e local, mas o final é o mesmo: um jovem inocente morre nas mãos da polícia. Não é mais novidade que aqueles que deveriam garantir a segurança da população levam a morte, semeando ódio e revolta.
Henrique Arnaldi tinha 18 anos e vivia no bairro Cecap II, periferia de Piracicaba, interior de São Paulo. Distante 160 quilômetros da capital, Piracicaba não tem índices alarmantes de violência. Na maior parte do tempo a vida é tranqüila e bem vivida. As ocorrências mais comuns envolvem furtos e roubos de veículos. De janeiro a setembro de 2008, ocorreram 16 homicídios em uma população de mais de 360 mil habitantes. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2007 foi de 9,54, bem abaixo da taxa nacional, 51,6.
Próximo à Rodovia do Açúcar, que rasga um mar de canaviais e está sempre abarrotada de caminhões que escoam a produção da região, o Cecap II é considerado pela polícia um dos locais mais “perigosos” da cidade, aqueles onde moram “bandidos” e a repressão se faz necessária. Mas quem caminha pelo bairro não sente medo, nem vê o crime organizado mandando. Ninguém se esconde de balas perdidas nem há toque de recolher. É um local onde todos se conhecem, as famílias são amigas e as crianças brincam nas ruas. No fim da tarde, como é comum na periferia, o bairro renasce depois que todos voltam do trabalho. Há quem vá à igreja – existem várias no bairro – e há quem prefira sentar num banco, bater papo com os amigos ou tomar uma cerveja. As jovens gostam de conversar no portão. Já os garotos preferem cortar o bairro com suas bicicletas ou motos, visitando amigos e se divertindo sobre duas rodas. Não é incomum que até altas horas da noite as pessoas estejam nas ruas.
Henrique era mais um desses jovens apaixonados por motos. Para quem mora longe de tudo, o veículo oferece a oportunidade de conhecer a cidade e ir ao antes quase inacessível centro. Nos fins de semana, é a chance de poder ir a festas sem depender dos ônibus e das caronas, voltando para casa na hora que der vontade. Para Henrique, a moto era a liberdade conquistada com sacrifício. Comprou sua CG Titan azul com o dinheiro que juntou desde o início da adolescência, principalmente trabalhando no Nhô Quim Pneus. O pai queria que ele comprasse um carro e começasse logo a faculdade, mas Henrique preferia a moto. O filho insistiu tanto que acabou convencendo o pai, sem antes prometer que no ano seguinte iria seguir com os estudos. O pai ainda ajudou com um pouco de dinheiro na hora da compra e Henrique saiu da loja com a moto em seu nome. Nada mal para um jovem de 18 anos. O Ensino Médio foi concluído em 2007 no curso noturno da escola estadual Professor Adolpho Carvalho, localizada também no CKP (maneira como os moradores gostam de escrever o nome do bairro). Para a faculdade, o campo de estudos ainda não estava certo.
A incerteza nos estudos era compensada pela determinação no trabalho. O Nhô Quim Pneus era praticamente a segunda casa de Henrique, lá trabalhava de segunda a sexta-feira das nove da manhã às seis da tarde e aos sábados das nove da manhã ao meio- dia. Começou na loja matriz, na avenida Manoel Conceição, na Vila Rezende, bairro do outro lado da cidade. Depois prestou serviços para o Nhô Quim em uma concessionária Toyota e finalmente chegou à unidade na avenida Rio das Pedras, em Piracicamirim, bairro próximo ao Cecap II.
A ida para a Rio das Pedras o colocou novamente com o amigo Edson Teófilo, com quem já havia trabalhado na matriz. Edson é gerente da Nhô Quim e foi no trabalho como um irmão mais velho para Henrique. Sob a supervisão do chefe e amigo, Henrique montava e balanceava pneus, além de cuidar do estoque. Acostumado a trabalhar duro, já tinha carteira assinada havia dois anos e três meses. Sempre sorrindo, era querido por todos e tinha muitos amigos no trabalho.
Henrique trabalhava muito, mas também gostava de se divertir. Sempre que tinha uma chance, saía com os colegas ou com os amigos do bairro. Iam a corridas de moto em Saltinho ou se divertiam em alguma festa nos clubes da cidade, desde que o som fosse pagode ou hip-hop. Nos últimos tempos, confessou aos amigos que estava procurando uma namorada.
Assim como outros colegas no Nhô Quim Pneus, estava ansioso pelo dia 19 de outubro. A colega Tâmara iria alugar uma chácara para comemorar o 17º aniversário. Os funcionários da loja foram convidados e já tinham confirmado presença. Henrique só não sabia que o aguardado 19 de outubro seria seu último dia de vida.



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Deu no Jornal de Piracicaba: ANO 109 Nº 37.809 - 16 de novembro de 2008:

PM ABORDA UM TERÇO DA POPULAÇÃO DE PIRACICABA , por Murilo Biagioli

A Polícia Militar abordou este ano, em operações e durante patrulhamentos preventivos realizados nas ruas de Piracicaba, um terço da população do município. Foram 122,9 mil abordagens na cidade, que possui 365,4 mil habitantes, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os números, fornecidos pelo comando da PM, são referentes ao período de 1º de janeiro a 2 de novembro. Em média, isso representa uma abordagem a cada três minutos e meio”.
Você conhece alguém chamado Faisão?
Essa pergunta foi feita aos moradores do Cecap II em quase todos os depoimentos tomados pela Polícia Militar após a morte de Henrique. Quando são parados na rua por policiais, muitos jovens também ouvem essa misteriosa questão. Mas ninguém sabe quem é Faisão. Ninguém conhece chefão algum do crime organizado com essa alcunha. Na imprensa local, nenhuma citação. Nem quando caminhávamos pelo bairro precisamos pedir autorização de “Faisão” para falar com os moradores.
A reação dos moradores nos dias 19 e 20 de outubro não foi capitaneada por pessoas subordinadas a essa entidade quase mística chamada Faisão. Foi um ato impulsivo de uma minoria, uma reação quase instintiva de uma comunidade onde quase todos se conhecem e em que a morte estúpida de um morador honesto gerou sentimentos de impotência, ódio e desespero. Enquanto alguns lamentaram, outros optaram por revidar violência com mais violência.
Entretanto, todos os prejuízos daquela noite de confronto podem ser pagos. O terminal está sendo consertado e segue funcionando. O posto da guarda civil foi reformado e opera normalmente. A única coisa impossível de restaurar é a vida de Henrique. Numa escala de valores, bárbaros não foram os que depredaram tomados de revolta, mas aqueles que tiraram a vida dum jovem sem motivo algum. O maior crime foi feito pelas costas, sem direito a defesa. Uma família foi destroçada.

Mas e o Faisão? Deve estar voando por aí.

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Le Monde:
Editorial, pág. 3: Política do Extermínio, por Sílvio Caccia Bava
Matéria da Capa, pág. 06: A POLÍCIA NA MIRA: combater a política de extermínio e criar uma nova corporação, por Luiz Eduardo Soares





segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Artigo Le Monde Diplomatique








Oi Pessoal!

Há alguns dias li este artigo no Le Monde Diplomatique on-line, intitulado "Por que a Grécia está em chamas", mas ainda não havia tido tempo de postar.
A leitura é extremamente válida e este Movimento ocorrido na Grécia tem sérias implicações em termos de Políticas Criminais e a exclusão social.
É importante verificar que a aludida "crise da segurança pública" não se trata de um fenômeno localizado, mas sim de uma política ideológica global que, além de dissiminar o 'medo do terror' e a produção do inimigo, tem, por meio da mão invisível da economia, levado vidas humanas à indigência e à morte.
NÃO ESQUEÇAMOS que Nós, Brasileiros, estamos no mesmo barco.
Repressão policial, corrupção endêmica, democracia esvaziada. Faltava, mesmo, só a crise econômica para desencadear uma revolta com características muito originais. Anarquistas e esquerda radical estão à frente. E não se trata de um fenômeno apenas grego...
Beijos, Dani Felix










Por que a Grécia está em chamas
por Valia Kaimaki



Amigo, seja bem-vindo ao terreno das lutas sociais. A partir de agora, você precisa proteger a si mesmo e também a suas reivindicações.” Essa foi a resposta do octogenário Leonidas Kyrkos, veterano da vida política grega e personagem-chave da esquerda local, à seguinte pergunta: “O que o senhor tem a dizer aos jovens que se manifestam atualmente?”.
Os protestos começaram depois que um rapaz de 15 anos, Alexis Grigoropoulos, foi morto pela polícia em 6 de dezembro passado. Estudantes invadiram as ruas de várias cidades gregas: Atenas, Salônica, Patras, Larissa, Iraklion, Chania (Creta), Ioannina, Volos, Kozani, Komotini. Essas manifestações espontâneas, que foram combinadas por mensagens de celular e emails, resultaram em explosões de violência movidas por uma raiva espantosa.
A revolta tem em sua origem múltiplos fatores, dos quais a repressão policial é apenas o mais evidente. Alexis não é a primeira vítima dessa brutalidade, mas apenas a mais jovem dentre elas. O terreno fértil no qual o levante germinou é obviamente a crise econômica, que já vinha atingindo duramente o país muito antes que a tempestade mundial produzisse seus efeitos. A ela, acrescenta-se uma crise política profunda, que é ao mesmo tempo sistêmica e moral. Provocada pela falta de transparência nas ações dos partidos e dos representantes políticos, ela resulta numa falta de confiança em todas as instituições do Estado.
De maneira nenhuma o homicídio de Alexis pode ser explicado como fruto de um “tropeço acidental”: o seu nome figura numa extensa lista de assassinatos e torturas contra manifestantes ou imigrantes. São crimes que até hoje permanecem impunes. Em 1985, por exemplo, outro jovem de 15 anos, Michel Kaltezas, foi morto por um policial. O agente acabou absolvido pelo sistema judiciário grego, que ficou com uma péssima imagem perante a sociedade.
Isso não quer dizer que as forças da ordem atenienses ajam de modo diferente das de outros países da Europa. Mas, na Grécia, as feridas da ditadura (1967-1974) permanecem abertas. O subconsciente coletivo não se esqueceu do período detrevas que dominou o país durante sete anos. Os gregos não perdoam facilmente. Isso explica a grande dessemelhança desses acontecimentos com os eventos nas cidades periféricas da França em 2005, que fizeram com que o futuro presidente Nicolas Sarkozy, então ministro do Interior, pudesse proferir o discurso sedutor “da lei e da ordem”.
A Syriza, uma aliança dos movimentos de esquerda radical, consegue se comunicar com os jovens. Daí a expansão espetacular de sua popularidade: de 5,04 % de votos, nas eleições legislativas de setembro de 2007 para 13º agora, segundo pesquisas
Os gregos, pelo contrário, formam uma frente única contra a repressão. Um movimento tão forte que vem abalando as fundações do governo de direita. Entre os líderes dessa aliança há representantes de uma geração que está longe de ser adulta. Não é por menos. A vida cotidiana dos estudantes colegiais se caracteriza por uma escolarização intensiva, cujo principal objetivo é conquistar uma vaga na universidade. A seleção é rigorosa, e os jovens se preparam para enfrentá-la a partir dos 12 anos de idade. Os felizes vencedores descobrem então a realidade da vida depois da faculdade: no melhor dos casos, eles conseguirão um emprego remunerado com um salário de 700 euros por mês (cerca de R$ 2.100). Há muito tempo, a Grécia vem lidando com essa “geração que vale 700 euros”. Alguns dos seus membros reúnem-se em uma associação chamada “Geração 700”, ou “G700”, que se esforça para fazer com que sua voz seja ouvida ao mesmo tempo que oferece serviços jurídicos gratuitos a seus membros. Isso porque até aqueles que têm a “sorte” de ganhar esses 700 euros são contratados como prestadores de serviços terceirizados.
Nesse país, o contrato de duração determinada (CDD) constitui uma exceção, uma vez que dá direito à seguridade social, ao décimo terceiro salário, a indenizações em caso de demissão e outras “regalias”. Em contrapartida, os contratos dos terceirizados, frequentes inclusive nos serviços públicos, não são regidos pelo direito trabalhista. Em vez de “trabalho precário”, fala-se na “locação” de trabalhadores.
É contra essa violência que os jovens reagem com brutalidade. “Os índices de avaliação da situação econômica atual e das expectativas dos cidadãos em relação ao futuro alcançaram um nível tão baixo que já constituem um recorde”, observa Stratos Fanaras, integrante do instituto de estudos estatísticos MetronAnalysis. “As pessoas estão muito decepcionadas e não têm nenhuma esperança de que a situação possa melhorar. E isso independentemente da classe social, do nível educacional ou do sexo. A Fundação dos Estudos Econômicos e Industriais, que publica um relatório todo mês desde 1981, constata também um nível excepcionalmente baixo do índice que mede o dinamismo econômico”, completa.
Em meio a esse ambiente de desânimo, os cidadãos comuns acabam não dispondo das informações e instrumentos necessários para analisar a situação do país. São arrancados da passividade apenas pela violência policial, que termina por definir os campos de conflito. Geralmente desnorteados, os “eles percebem os assassinatos como ações que se inscrevem claramente dentro de uma lógica maniqueísta”, prossegue Stratos Fanaras. “A tragédia de Alexis lhes permitiu distinguir novamente o ‘bem e o mal’ e, portanto, tomar partido.”
Esse engajamento, porém, não está verdadeiramente vinculado à política, tamanha é a descrença dos jovens no sistema e nos partidos. Em resumo, três agremiações vêm dominando a cena política grega desde os anos 1950. Os dois grandes partidos, a Nova Democracia (de direita) e o Pasok (socialista), dividem o poder entre si. Já o Partido Comunista (KKE, também chamado de “do exterior”) não consegue aparecer como uma força alternativa em condições de oferecer soluções, principalmente porque insiste em manter sua tradição stalinista [1].
Por sua vez, a Syriza, uma aliança dos movimentos que pertencem à esquerda radical, oriundos em sua maioria do Partido Comunista chamado “do interior”, fundadoem 1968, parece conseguir se comunicar melhor com os jovens. Daí a expansão espetacular de sua popularidade: embora não obtivesse mais que modestos 5,04% de votos, nas eleições legislativas de setembro de 2007, seis meses mais tarde as pesquisas lhe atribuíam 13% das preferências.
Os jovens afirmam que, num país onde predomina a corrupção, ninguém corre o risco de ser punido. Os manifestantes mais radicais quebram e incendeiam as cidades. Em Atenas, reúnem-se na praça Exarchia, onde Alexis foi morto e onde a juventude venceu a ditadura, em 1973
A eleição de um jovem de 33 anos, Alexis Tsipras, integrante da Coalizão da Esquerda e do Progresso, principal força da Syriza, contribuiu amplamente para essa ascensão. Seu posicionamento original em relação aos problemas atuais e suas “jogadas midiáticas” – que incluíram a escolha de uma jovem imigrante para acompanhá-lo na grande recepção oferecida pelo presidente – permitiram-lhe conquistar a simpatia de uma parte da juventude. Mesmo depois da sua estabilização nas pesquisas de opinião, a Syriza conta atualmente com 8% das intenções de voto, muito à frente de um KKE que se revela incapaz de compreender essa transformação.
A disputa pela supremacia no âmbito da esquerda contestatória motivou os comunistas a aprovar o governo da Nova Democracia e o partido do Alarme Popular Ortodoxo (LAOS, de extrema direita [2]), que denunciavam publicamente a Syriza como sendo um “refúgio dos arruaceiros”. Claro, eles precisavam de um bode expiatório para distrair a opinião pública sobre as verdadeiras causas da crise. Já o Pasok prefere manter- se calado, com a esperança de retornar mais rápido do que o previsto ao poder.
O governo atual tem uma grande responsabilidade pela situação de conflito que vive o país. Eleito pela primeira vez em 2004, o primeiro-ministro Kostas Karamanlis prometeu um governo transparente, mas agora está atolado, junto com sua equipe, em escândalos ainda mais graves do que os de seus predecessores. As denúncias giram em torno de subornos, nepotismo e desvio de verbas públicas. O mais recente deles diz respeito à venda ilegal de terras estatais aos monges do monte Áthos. Os autores do processo ilícito permanecem desconhecidos.
Os jovens estão totalmente corretos quando afirmam que, num país onde predomina a corrupção, ninguém corre o risco de ser punido. Escondendo o rosto com lenços ou capuzes – aliás, eles são chamados de “os encapuzados”–, os manifestantes mais radicais quebram e incendeiam as cidades gregas. Em Atenas, eles costumam se reunir na praça Exarchia, mesmo local onde Alexis foi morto. O lugar tem ainda outro simbolismo: está situado ao lado da Escola Politécnica, onde a juventude travou uma batalha decisiva contra a ditadura, em 1973. Para a polícia, os enfrentamentos entre anarquistas e forças da ordem já se tornaram uma amarga tradição.
“É um fenômeno novo”, observa um estudante “Até então, nas manifestações, os estudantes e os delegados dos sindicatos ocupavam a frente do cortejo. Eles eram seguidos pelos partidos políticos, entre os quais a Syriza, que sempre vinha por último
As imagens difundidas por emissoras do mundo inteiro mostravam, sobretudo, os incêndios provocados por esses grupos. Entretanto, o espectador atento pôde constatar diferenças notáveis em relação ao espetáculo habitual. Em primeiro lugar, as multidões de “quebradores” estavam muito mais densas do que anteriormente. Além disso, eles não limitaram o palco das operações apenas a Atenas, ampliando seu raio de ação em muitas outras cidades. E principalmente, os atos de violência urbana prosseguiram ao longo de vários dias. Isso permite concluir que, desta vez, uma grande massa de jovens se envolveu nessa onda de violência. A maioria nunca tivera contato antes com o anarquismo ou outra ideologia de esquerda. Por trás das barricadas levantadas nos mais diversos lugares estavam até estudantes de 13 e 14 anos.
O governo valeu-se dos “encapuzados” para denunciar uma “ofensa à democracia”. “De qual democracia estão falando?”, rebateram os contestadores. Não há dúvida de que os colegiais e os universitários que aderiram aos protestos atacaram a polícia a pedradas. É verdade também que eles destruíram agências bancárias. Mas, alguns dias antes, esse governo, indiferente ao afundamento na miséria de centenas de milhares de gregos, havia oferecido aos bancos mais importantes do país um polpudo pacote de 28 bilhões de euros. Essas mesmas instituições delegam para certas companhias privadas de cobrança a tarefa de forçar o pagamento dos pequenos créditos — o que elas fazem lançando mão de insultos, ameaças e confiscos.
Apesar de se revelar violenta em muitos casos, a cólera da juventude nem por isso é politizada. Mas isso poderia ser diferente quando os próprios partidos, com a exceção dos da extrema esquerda, mantêm-se indiferentes às exigências do movimento? “Nada obtivemos. Nenhuma abertura de diálogo, nem mesmo uma troca de mensagens e menos ainda sinais de que conclusões foram tiradas do ocorrido. Eles agem como se tivessem optado por esperar que os jovens se cansem da ‘quebradeira’ para que a revolta seja encerrada”, comenta o analista Fanaras. Ele avalia ainda que muitos dos manifestantes terão de se conformar e voltar para casa com as mãos abanando... até a próxima provocação ou pretexto.
Enquanto isso, outros serão atraídos pelos grupos violentos. “Este já havia sido o caso depois do assassinato de Michel Kaltezas”, confirma o ex-jornalista Alexandre Yiotis, um antigo anarcocomunista que no passado fora um membro ativo dessa vertente na França, na Espanha e na Grécia. E acrescenta: “Os estudantes revoltados naquela época foram reforçar, entre outras, as fileiras da organização terrorista 17 de Novembro”. Aposentado do ativismo, Yiotis aponta ainda que a maior parte das bandeiras erguidas durante as manifestações combinava as cores vermelho e preto, simbolizando a união do comunismo e do anarquismo.
Na propaganda de Estado que vem sendo divulgada pela mídia, sobretudo pela televisão, dois elementos chamam a atenção. O primeiro diz respeito ao papel dos imigrantes nos acontecimentos. Um dos comentários apontou que os saques das lojas incendiadas foram perpetrados por imigrantes esfomeados. Em outro programa foi dito que, na Ásia, “esta constitui uma prática comum: protestar, quebrar, furtar”! Ora, está claro que os manifestantes violentos foram recrutados essencialmente entre os autóctones, revoltados contra um sistema político corrupto. E se alguns ciganos tomaram parte nas depredações, tratava-se para eles, sobretudo, de vingar seus familiares, vítimas esquecidas da repressão policial.
O movimento ganha aliados em outros países da Europa. A razão é simples: essa é a primeira geração, desde a Segunda Guerra Mundial, a perder as esperanças de viver melhor que seus pais. E não se trata de um fenômeno exclusivamente grego...
Além disso, em certos lugares multidões esfomeadas de fato perpetraram saques, mas a maioria era exclusivamente grega. “Este é um fenômeno novo”, observa um estudante “Até então, nas manifestações, os estudantes e os delegados dos sindicatos ocupavam a frente do cortejo. Eles eram seguidos pelos partidos políticos, entre os quais a Syriza, que sempre vinha por último".
"Depois apareciam os anarquistas e, quando o conflito começava, estes entravam nas fileiras da Syriza… e todo mundo levava uma surra. Agora, depois dos anarquistas, começou a aparecer um novo bloco: o dos esfomeados. Quer sejam imigrantes, drogados ou desesperados, eles sabem que nas manifestações conseguirão encontrar comida.” O poder e a mídia também lançaram mão de outra invenção: “cidadãos irados” teriam se organizado entre si para defender a lei e rechaçar os “quebradores”. Mas foi justamente o contrário que aconteceu: eles tentaram expulsar… os policiais militares! Pequenos comerciantes interpelaram os agentes da ordem, intimando-os aos berros a se retirar, enquanto transeuntes se jogavam sobre eles para libertar os estudantes presos.
Tomando consciência de que não era mais possível manter seus filhos em casa, pais e avôs foram para as ruas junto com eles para protegê-los. Um mundo às avessas… Será esse um movimento de longa duração? “Considerando que a crise econômica mundial em breve tomará conta do nosso país, que uma grande parte da juventude permanecerá marginalizada, que a situação da educação não irá melhorar tão cedo e que nós estamos muito longe de assistir ao fim da corrupção política, não faltará combustível para alimentar essa fogueira”, sublinha o jornalista e analista político Dimitris Tsiodras.
O movimento ganha aliados em outros países da Europa. A razão é simples: essa é a primeira geração, desde a Segunda Guerra Mundial, a perder as esperanças de viver melhor que seus pais. E não é um fenômeno exclusivamente grego.







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[1] A ponto de considerar que a União Soviética morreu em 1956, o ano do 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética, que foi o palco do relatório secreto de Nikita Kruchov v e do começo da desestalinização.

[2] Com esse partido racista e antissemita, a extrema direita voltou a ocupar assentos no Parlamento, em 2007, pela primeira vez desde 1974.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Réquiem por Israel?

Entender um pouco mais do que acontece na "Faixa de Gaza" e ter uma visão diferente do que é proporcionado pela Globo sempre foi objetivo pessoal, por isso trago um texto do sempre lúcido Boaventura [Sociólogo-Jurídico Português] que tive a honra de ver e ouvir no Fórum Social Mundial - FSM 2005, em Porto Alegre - RS.
Pra matar a saudade trago a foto que eu mesma tirei naquela ocasião.
Beijos,
Dani Felix®
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Carta Maior - publicado em 12/01/2009

Boaventura de Sousa Santos


Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada.

Está ocorrendo na Palestina o mais recente e brutal massacre do povo palestino cometido pelas forças ocupantes de Israel com a cumplicidade do Ocidente, uma cumplicidade feita de silêncio, hipocrisia e manipulação grotesca da informação, que trivializa o horror e o sofrimento injusto e transforma ocupantes em ocupados, agressores em vítimas, provocação ofensiva em legítima defesa.

As razões próximas, apesar de omitidas pelos meios de comunicação ocidentais, são conhecidas. Em novembro passado a aviação israelense bombardeou a faixa de Gaza em violação das tréguas, o Hamas propôs a renegociação do controle dos acessos à faixa de Gaza, Israel recusou e tudo começou. Esta provocação premeditada teve objetivos de política interna e internacional bem definidos: recuperação eleitoral de uma coligação em risco; exército sedento de vingar a derrota do Líbano; vazio da transição política nos EUA e a necessidade de criar um facto consumado antes da investidura do presidente Obama. Tudo isto é óbvio mas não nos permite entender o ininteligível: o sacrifício de uma população civil inocente mediante a prática de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade cometidos com a certeza da impunidade.

É preciso recuar no tempo. Não ao tempo longínquo da bíblia hebraica, o mais violento e sangrento livro alguma vez escrito. Basta recuar sessenta anos, à data da criação do Estado de Israel. Nas condições em que foi criado e depois apoiado pelo Ocidente, o Estado de Israel é o mais recente (certamente não o último) ato colonial da Europa. De um dia para o outro, 750.000 palestinos foram expulsos das suas terras ancestrais e condenados a uma ocupação sangrenta e racista para que a Europa expiasse o crime hediondo do Holocausto contra o povo judeu.

Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada (daí, que a seguir a cada tratado de paz se tenha de seguir um ato de violação que a desminta); para consolidar a ocupação, o povo judeu tem de se afirmar como um povo superior condenado a viver rodeado de povos racialmente inferiores, mesmo que isso contradiga a evidência de que árabes e judeus são todos povos semitas; com raças inferiores só é possível um relacionamento de tipo colonial, pelo que a solução dos dois Estados é impensável; em vez dela, a solução é a do apartheid, tanto na região, como no interior de Israel (daí, os colonatos e o tratamento dos árabes israelenses como cidadãos de segunda classe); a guerra é infinita e a solução final poderá implicar o extermínio de uma das partes, certamente a mais fraca.

O que se passou nos últimos sessenta anos confirma tudo isto mas vai muito para além disto. Nas duas últimas décadas, Israel procurou, com êxito, sequestrar a política norte-americana na região, servindo-se para isso do lobby judaico, dos neoconservadores e, como sempre, da corrupção dos líderes políticos árabes, reféns do petróleo e da ajuda financeira norte-americana. A guerra do Iraque foi uma antecipação de Gaza: a lógica é a mesma, as operações são as mesmas, a desproporção da violência é a mesma; até as imagens são as mesmas, sendo também de prever que o resultado seja o mesmo. E não se foi mais longe porque Bush, entretanto, se debilitou. Não pediram os israelenses autorização aos EUA para bombardear as instalações nucleares do Irã?

É hoje evidente que o verdadeiro objetivo de Israel, a solução final, é o extermínio do povo palestino. Terão os israelenses a noção de que a shoah com que o seu vice-ministro da defesa ameaçou os palestinianos poderá vir a vitimá-los também? Não temerão que muitos dos que defenderam a criação do Estado de Israel hoje se perguntem se nestas condições - e repito, nestas condições - o Estado de Israel tem direito de existir?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Foucault tinha bola de cristal?

Olá Pessoal!

Ano novo, novidades no layout [a dissertação tem me despertado curiosidades até em manuseio de programas de arquivos .html, pode? Pode sim!]. Em breve o blog terá mais adereços… adoro enfeites! ahahahaha

Trivialidades à parte, o que me traz aqui hoje, apesar de ter sido matéria veiculada na sexta – e justamente demorei a ler por causa da perplexidade que me gerou –, foi a edição da Lei de Videoconferência no Processo Penal. Só li a matéria, vou analisar a Lei para depois tecer meus comentários.

Bom, estamos, de fato, ingressando na “era penitenciária virtual”, como se as pessoas também o fossem.

Magistratura e Ministério Público, sob o pretexto de economia processual, bem como Câmara e Senado [que elaboram e editam leis desta natureza] com o clamor de Economia das verbas públicas, quando na mesma semana quebram tetos salarias e “reajustam” seus próprios salários argumentando defasagem, DECLARAM, com a aquiescência Presidencial, a necessidade de ascepsia social. Negar ao Réu – que não é condenado, que somam, pelas estatísticas do Ministério da Justiça, 1/3 da população carcerária encontra-se em regime cautelar, ou seja, preso pela presunção e não por condenação – o direito de acesso direto ao Juiz, MP e, inclusive, ao Advogado de Defesa, é condená-lo sumariamente à prisão.

Como a lei deve prever o grau da periculosidade que definirá quem estará sujeito a participar do BBB e quem não será [claro que da mesma forma completamente equivocada como já é feita no direito e processo brasileiro], ficarão estas pessoas mais uma vez relegadas à inexistência, ou melhor, à ficção e a virtualidade.

Jamais um Nobre Magistrado vai saber como é viver nas condições em que vivem aquela pessoa escolhida pra ser “marginal”.

… enquanto isso, na sala de Justiça: Maluf’s, Pitta’s, Delúbio’s, Valério’s, Danta’s, Mende’s, transitam livremente como se inofensivos fossem!

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Presidente da República sanciona lei que permite interrogatório por videoconferência

Foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (9) a Lei 11.900/09, que permite a utilização de videoconferencia em julgamentos de presos que possam oferecer riscos à segurança pública ou às testemunhas. A lei também permite o uso de videoconferencia quando o réu estiver doente. A redação final do projeto de lei (PLS 139/06) foi aprovada pela Câmara dos Deputados no final de dezembro do ano passado, após deliberação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

De autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a proposta inicial previa a realização de interrogatórios e audiências judiciais por meio de videoconferência ou outro recurso de presença virtual em tempo real. Dessa forma, depoimentos presenciais seriam realizados apenas onde não houvesse condições técnicas para o interrogatório à distância. No entanto, foi acolhida na forma de substitutivo matéria (PLS 679/07) do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) que trata do mesmo tema, mas torna facultativo o uso desse recurso tecnológico - posição já adotada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A justificativa do projeto de lei afirma que a adoção da videoconferência visa diminuir os gastos públicos com transporte e escolta de presos e minimizar os riscos à segurança pública.

A discussão acerca da regulamentação desse tipo de depoimento veio à tona a partir de um pedido de habeas corpus impetrado no STF para anulação de interrogatório realizado por meio de videoconferência. A defesa do julgamento em questão alegava que, por esse meio, não teria sido assegurado ao réu o exercício de ampla defesa, que é amparado pelo Código de Processo Penal e pela Constituição Federal.

ESPECIAL - 09/01/2009 – 18h27 - Da Redação

Senado Federal - Agência Senado -Notícias

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Olá Pessoas!!!

el ateneo

Estou de volta à vida jurídica e acadêmica!!!
Hoje, já que o dia tá agitadíssimo, vou colocar em dia minhas aquisições bibliográficas nestes últimos tempos.
Grande parte deles são sobre segurança pública, mas adquiri algumas coisas de direito e porcesso penal, já que também preciso estudar...

Vamos lá:

ANITUA, Gabriel Ignácio. HISTÓRIAS DOS PENSAMENTOS CRIMINOLÓGICOS. trad. Sérgio Lamarão. Rio de Janeiro: ICC-Revan, 2008. [Col. Pensamento Criminológico, n. 15].

BATISTA, Vera Malaguti. DIFÍCEIS GANHOS FÁCEIS: drogas e juventude pobre no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: ICC-Revan, 2003. 2. ed.

BAUMAN, Zigmunt. A SOCIEDADE INDIVIDUALIZADA: vidas contadas e histórias vividas. trad. José Gradel. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2008.

BAUMAN, Zigmunt. VIDA PARA CONSUMO: a transformação das pessoas em mercadorias. trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2008.

CARVALHO, Salo de. ANTI-MANUAL DE CRIMINOLOGIA. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. ***Presente da Minha Amada Amiga Maranhense Thay!!!

FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1985. 9. ed.

FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal a Nova Parte Geral. Rio de Janeiro: Forense, 1987. 9. ed.

FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal Parte Especial Volume 1. Rio de Janeiro: Forense, 1987.

FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal Parte Especial Volume 2. Rio de Janeiro: Forense, 1984.

GARLAND, David. A CULTURA DO CONTROLE: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Trad. André Nascimento. Rio de Janeiro: ICC-Revan, , 2008. [Col. Pensamento Criminológico, n. 16].

KATO, Maria Ignes Lanzellotti Baldez. A [DES]RAZÃO DA PRISÃO PROVISÓRIA. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.

OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. CURSO DE PROCESSO PENAL. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. 10. ed.

OLIVEIRA, Luciano. SUA EXCELÊNCIA O COMISSÁRIO: e outros ensaios da Sociologia Jurídica. Rio de Janeiro: Letra Legal, 2004.

SADER, Emir. A VINGANÇA DA HISTÓRIA. São Paulo: Boitempo, 2007. 2. ed.8

SOARES, Luiz Eduardo. SEGURANÇA TEM SAÍDA. Rio de janeiro: Sextante, 2006.

SOARES, Luiz Eduardo. MEU CASACO DE GENERAL: quinhentos dias no front da Segurança Pública do Rio de Janeiro. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.

WALLERSTEIN, Immanuel. O UNIVERSALISMO EUROPEU: a retórica do poder. Trad. Beatriz Medina. São Paulo: Boitempo, 2007.

ZACCONE, Orlando. ACIONISTAS DO NADA: quem são so traficantes de drogas. Rio de Janeiro: Revan, 2007. 2. ed.

ZAFFARONI, E. Raúl; BATISTA, Nilo. DIREITO PENAL BRASILEIRO I. Rio de Janeiro: Revan, 2006. 3. ed.

***Livrarias virtuais de extrema confiabilidade e cumprimento de prazos de entrega*** [eu recomento]

www.estantevirtual.com.br

www.livroselivros.com.br

www.revan.com.br

domingo, 4 de janeiro de 2009

de passagem...





Senti saudade, então resolvi dar uma rápida olhadinha no que tava rolando e dizer que em seguida volto... vou resuperar a inspiração, as leituras, a mídia, os jornalecos...
A cabeça ainda tá [OFF]

Beijos!

Dani Felix


Créditos: Márcio Boechat - 31.12.2008