domingo, 25 de novembro de 2007

... as perdas ...

Desde ontem, após mais uma perda afetiva, fiquei me questionando até quando vou continuar "perdendo" seres que amo?
Ontem um carro, na esquina de casa, atropelou um cão, ou melhor, uma CÃ, mas mais do que cã, era Minha Sobrinha Canina, filha da Dada, irmã da Dafne, neta da Vera, prima do Joshua, ele que cruzou meio Mundo para passar as férias junto com Ela...

Era uma ROSCA [cruza de husky com pastor] SIBERIANA que morava no Campeche.
Linda, vira-lata, destruidora de havaianas, adorada e cobiçada por todos que a conheciam. Talvez pelos desfiles de laços presos com cola quente nas orelhas quando vinha do banho, talvez pela pose de Lady que ostentava, mas que sabíamos que era só pose.

A Mafalda, como era docemente chamada, tinha uma legião de amigos, de todas as raças, formas, cheiros, humanos e não humanos, todavia, sabíamos que os mais amados por ela eram as crianças... principalmente o Joshua...
Sinto-me perdendo mais um membro da família.

Claro que de uma forma diferente das que experimentei, por óbvio que nada se compara às perdas de Meu Pai e Meu Irmão. Perdas ainda recentes demais, que me doem.
Não sei explicar o que sinto, porém acho que este acontecimento me fragilizou tanto... fez desmoronar parte do muro que aos poucos construía no limite entre a dor e a saudade...

Aqui no meu cantinho, encolhida, penso naqueles que se foram.
Penso naqueles que há pouco nos despedimos, naqueles que voltam em seguida, naqueles que demorarão um pouco mais a retornar, mas principalmente penso naqueles que nunca mais voltarão...



*Mas por que se vão? Por quê?
Cientificamente eu conheço todas as respostas e a metafísica não me responde o que gostaria de compreender... então, por ora, ficarei aqui tentando compreender o incompreensível?

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