segunda-feira, 13 de abril de 2009

Imperdível: Lemon tree

Lemon Tree


(Etz Limon, Israel, Alemanha, França, 2008)

Títulos Alternativos: Les Citronniers / Lemon Tree / Shajarat limon
Gênero: Drama
Duração: 106 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Palavras-Chaves: Torre de guarda, Israel, Margem Ocidental,
Distribuidora(s): Imovision
Produtora(s): Eran Riklis Productions, Heimatfilm, MACT Productions, Riva Filmproduktion, Ministry of Education and Sport
Elenco: Hiam Abbass, Doron Tavory, Ali Suliman, Rona Lipaz-Michael, Tarik Kopty, Amos Lavie¹, Amnon Wolf, Smadar Yaaron¹, Danny Leshman, Hili Yalon, Linon Banares, Jamil Khoury, Makram J. Khoury¹, Yair Lapid, Loai Nofi


SINOPSE: Salma (Hiam Abbass), uma viúva Palestina, vê sua plantação ser ameaçada quando seu novo vizinho, o Ministro de Defesa de Israel (Doron Tavory), se muda para a casa ao lado. A Força de Segurança Israelense logo declara que os limoeiros de Salma colocam em risco a segurança do ministro e por isso precisam ser derrubados. Salma leva o caso à Suprema Corte de Israel para tentar salvar a plantação.

Página Oficial: http://www.lemontreemovie.com/lemontree_en.html
Fonte da Ficha técnica: e-pipoca
Fonte da Sinopse: Y! Cinema
Treiller: http://www.apple.com/trailers/independent/lemontree/

Minha Opinião:
Sou suspeita pra falar de filmes iranianos, israelenses, palestinos, pois simplesmente adoro estas produções, gosto das cores, da diversidade cultural, do realismo (político e ideológico) com que tratam os temas que, em grande parte dos que vi, falam sobre a opressão, desigualdades, gêneros, infância, guerras, assuntos marcantes e polêmicos que se tornam obras de arte na mão de alguns destes produtores e diretores.
Embora seja cinéfila, não sei analisar tecnicamente um filme, o que me faz escolher ser bom, ruim, chato, fantástico, dentre muitas outras sensações possíveis, é a emoção que me causa.
Neste aspecto "Lemon Tree" é sublime, a interpretação de Salma e Mira, a esposa do Ministro da Defesa (Rona Lipaz-Michael), independe da fala, conseguem atingir o ápice do sentimento sem sequer trocar um palavra, só com o olhar, IMPRESSIONANTE!
Bom, em linhas gerais, o filme envolve questões políticas e jurídicas, entre o direito à propriedade e os valores atribuídos a ele, em detrimeto de uma proteção à segurança política do Estado Israelense, na linha limítrofe com a Cisjordânia.
Por infelicidade a Protagonista, viúva e humilde camponesa que sobrevive da colheita de seu pomar - as árvores de limão, recebe um ilustre vizinho, nada menos que o Ministro da Defesa, que torna seu meio de sobrevivência uma questão política.
Pelas filmagens, extremamente pertinentes, visualiza-se uma dada realidade que vive e sobrevive em meio aos conflitos, inclusive uma das coisas que mais me chamaram a atenção foram as filmagens dentro dos campos de refugiados da Cisjordânia e alguns aspectos que se tornaram hábitos de escravidão e mando entre ambos os estados, como por exemplo, o toque de recolher de Israel, a autorização de trânsito, o cumprimento de determinações expedidas pelos órgãos militares, que possuem efeito decisório.
No caso, nossa personagem manifestou o desejo de recorrer de um comunicado que por razões de segurança determinava o corte do seu pomar, todavia (e penso sem qualquer conhecimento), poderia a apelação dela ser negada.
Outro detalhe muito marcante é a cultura e a obediência das mulheres, não falam com os homens a não ser em casos extremos... interessante.
Não quero contar aqui o filme e, sequer chamar atenção a todas as possibilidades de abstração, mas é que é uma obra tão instigante, que dá margem a tantas discussões, que fico com uma imensa vontade de divagar sobre.
A trilha sonora também é ótima!!!
Fecho esta breve fala com a dor do isolamento final: enquanto tentamos, passo a passo, derrubar os muros, há obreiros que os tomam como solução para todos os males. Dói profundamente.
Um beijo,
Daniela Felix

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