terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Debate sobre a "LEGALIZAÇÃO DA MACONHA NO URUGUAI"

Companheir@s! 
Segue o vídeo - em 4 partes - do Programa Conversas Cruzadas (TVCom/RBSTV/SC), que discutiu na última sexta-feira, dia 13/12/2013, a "LEGALIZAÇÃO DA MACONHA NO URUGUAI".
Renato Igor contou com a participação de Ildo Rosa, Membro do Conselho Estadual de Entorpecentes; Dr. Ubirajara dos Santos, Neurocientista; Lucas de Oliveira, Presidente de Honra do Instituto Canabis; e Eu(!), Daniela Felix, Advogada e Membro da Comissão de Assuntos Prisionais OAB/SC.
Foi bom o debate... vale assistir!

Abraços,

Daniela Felix

Parte 1/4

Parte 2/4

Parte 3/4

Parte 4/4

Fonte: Canal da OAB/SC no youtube, publicado em 17/12/2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Carta de repúdio às manifestações e ações anti-indígenas de SC

Comp@s! Bom dia!

Para melhor coletarmos as assinaturas dos apoiadores e apoiadoras – entidades e pessoas físicas, dando maior visibilidade à causa indígena de Santa Catarina, criamos o abaixo-assinado da «Carta de repúdio às manifestações e ações anti-indígenas de SC» e encontra-se no seguinte endereço: 


Apoie este Abaixo-Assinado. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante.

Abraços e à luta!


ÍNTEGRA DA CARTA

Para: Presidência da República Federativa do Brasil, Ministro da Justiça, Governador do Estado de Santa Catarina, RIC Record, Grupo RBS, Blog do Jornalista Moacir Pereira, Jornal Cidade de Joinville, Sitescomo Antropowatch e Questão Indígena


Nós, organizações, entidades e pessoas abaixo assinados, vimos a público manifestar nosso REPÚDIO aos meios de comunicação RIC Record, Grupo RBS, Blog do Jornalista Moacir Pereira, Jornal Cidade de Joinville, Sitescomo Antropowatch e Questão Indígena, que, nos últimos meses, têm veiculado notícias falaciosas e preconceituosas, além de fomentar opiniões declaradamente anti-indígenas. Estes veículos deveriam primar pela verdade, pela imparcialidade e pela transparência, bem como respeito a Constituição,tem, ao contrário, veiculado apenas as visões dos grupos que se opõem aos direitos dos povos originários, sem dar espaço a outros setores da sociedade e aos próprios indígenas. 

Não permitem que se expresse a voz das lideranças desses povos, omitem as principais razões da situação de vulnerabilidade dos indígenas e criminalizam movimentos sociais e profissionais, especialmente indigenistas, antropólogos e operadores do direito, que, no responsável exercício de suas funções,atuam no sentido de colocarem em prática os preceitos constitucionais. 

Lamentamos a ignorância e o desconhecimento de pessoas desinformadas que atacam as culturas indígenas em todos seus aspectos, especialmente no tocante aos seus direitos territoriais,garantidos pelas Constituições Federal (Art. 231) e Estadual (Art.192), que se referem ao direito à terra, condição crucial para manutenção de seus usos costumes e tradições. Destacamos ainda que o Brasil é signatário também da Convenção 169 da OIT e a Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas de 2007, que reconhecem os direitos humanos e territoriais dos povos originários. 

Não culpamos estas pessoas, que, muitas vezes, de forma tão difícil quanto a dos indígenas tentam sobreviver num país desigual e injusto como o Brasil. Mas não podemos aceitar que empresas que recebem do Estado concessão pública dos meios de comunicação, destinadas a informar a população, produzam e reproduzam inverdades, promovam o preconceito étnico, calem as vozes indígenas e induzam a população à violência! O poder público e estas empresas são responsáveis pela observância dos princípios constitucionais, no que tange ao direito de todos os cidadãos à informação correta (Art. 221). 

Os órgãos públicos devem controlar o que estas empresas e grupos veiculam de forma leviana, obrigando-os a trazerem informações adequadas, verídicas e imparciais, ao contrario do que vem sendo feito. Consideramos especialmente grave a omissão das vozes de atores fundamentais envolvidos no processo de reconhecimento dos direitos dos povos originários,em especial,das lideranças indígenas. 

Os povos indígenas se SC (Guarani, Kaigang e Xokleng), desde décadas tem participado, pacientemente, de negociações com diversos órgãos, na expectativa de verem seus direitos constitucionais efetivados. São centenas de famílias aguardando a homologação das terras indígenas Pindoty, Pirai, Tarumã, Morro Alto, Araçá'i e La Klãno. A demora no processo de reconhecimento das terras impede a reprodução da vida dos indígenas,e torna sua situação altamente insegura e precária. As mídias, acima citadas, contribuem mais ainda para o acirramento da vulnerabilidade, prejudicando não apenas as antigas gerações, mas também jovens e crianças indígenas. 

A Terra Indígena de Morro dos Cavalos (Palhoça-SC), aguarda há duas décadas pela homologação de suas terras. Discordamos totalmente da ideia veiculada por estas empresas/imprensa de que as mortes, acidentes e engarrafamentos na BR 101 sejam de responsabilidade dos Guarani. Mas sim,são dos órgãos públicos as prerrogativas de fazerem a demarcação das terras e a construção dos túneis na região, conforme já foi determinado pelo TCU e acordado com o povo Guarani e com o DNIT. 

Basta de violência!Basta de mentiras! 

Basta de uma imprensa parcial, que desinforma e é descomprometida com a verdade ! 

Pela homologação das terras indígenas Pindoty, Pirai, Tarumã, Morro Alto, Araçá'i eLa Klãno. 

Exigimos do DNIT a construção dos túneis no Morro dos Cavalos, que é a alternativa acordada e mais viável economicamente e ambientalmente, garantirá condições dignas de moradia, de trabalho e de vida aos Guarani na região. 

Pelo RECONHECIMENTO dos direitos dos povos originários! 

PELA HOMOLOGAÇÃO DA TERRA INDÍGENA MORRO DOS CAVALOS! 


Santa Catarina, 09 dezembro de 2013. 


Assinam esta carta 

Comissão Guarani Ñemonguetá SC
Comissão Guarani Yvy Rupa SP
ABA - Associação Brasileira de Antropologia
Associação de Juízes pela Democracia.
Associação dos Docentes da Faculdade de Educação- ADFAED - UDESC
Cáritas Brasileira Regional Santa Catarina
CTI - Centro de Trabalho Indigenista
CIMI - Conselho Indigenista Missionário - Regional Sul
Coletivo Catarina de Advocacia Popular
Coletivo Divuant de Antropologia – SC-RS
Comitê Interuniversitário - COMINTER- SC
Comitê em defesa das Florestas de Santa Catarina
Centro de Direitos Humanos e Cidadania Ir. Jandira Bettoni - CDHC de Lages e Região Serrana
Coletivo Anarquista Bandeira Negra Florianópolis SC
Coletivo DivuANT - Divulgar ANTropologia – SC e PR
FEEC - Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses
Fórum Catarinense pelo fim da violência e exploração sexual infantojuvenil
NEPI- Núcleo de Estudos sobre Populações Indígenas - UFSC
Movimento Nacional de Direitos Humanos em SC - MNDH-SC
NEA - Núcleo de Estudos Ambientais - UDESC
Núcleo de Estudos sobre Saúde e Saberes Indígenas (NESSI/UFSC)
Núcleo de Estudos Arte, Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe (MUSA(
NEPI- Núcleo de Estudos sobre Populações Indígenas ( UFSC)
NEA - Núcleo de Estudos Ambientais (UDESC)
Núcleo de Estudos sobre Saúde e Saberes Indígenas (NESSI/UFSC)
NUER – Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas - UFSC
Núcleo de Pesquisa em Fundamentos da Antropologia -A-Funda/UFSC
Núcleo de Estudos Arte, Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe (MUSA/UFSC)
ADFAED – Associação dos Docentes da Faculdade de Educação UIDESC
Rede Nacional de Advogadas e Advogados Popular - Renap/SC
Núcleo Setorial Ecosocialista - PSOL
Transes - Núcleo de Antropologia do Contemporâneo (PPGAS/UFSC)
Marcha Mundial das Mulheres- SC
INCT IBP- Instituto Brasil Plural (UFAM/ UFSC)


Alexandre Araújo Costa - Professor Titular- UECE- Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas - Ceará
Angela Maria de Souza - Antropóloga e professora – Unila
Andrea Ciacchi- antropologia - UNILA
Arine Pfeifer Coelho, jornalista.
Ari Ghiggi Junior - Programa de Pós Graduação em Antropologia Social – UFSC
Ariel Felipe Tornquist Sartori- Estudante- GECA Grêmio estudantil do Colégio de Aplicação UFSC
Bárbara Maisonnave Arisi- Antropóloga –Diretora do Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História - ILAACH - Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da UNILA
Beatriz Catarina Maestri – Antropologa e Provincial das Irmãs Catequistas Franciscanas.
Carina Santos de Almeida – Doutoranda em História – Laboratório de História Indígena Labhin- UFSC
Carmen Sílvia Moreira Garcez – ISA ( Instituto Sócio-ambiental) Campeche- SC
Carmen Susana Fava Tornquist (cientista social e professora UDESC–SC)
Cleto João Stülp - Padre da Diocese de Chapecó, SC
Cleymenne Cerqueira - jornalista
Clovis Antonio Brighenti – Historiador e Membro do Cimi Regional Sul
Danilo Moura Instituto Palmares (Minas Gerais)
Daniela Felix - Advogada e professora - RENAP e Coletivo Catarina de Advocacia Popular
Daniel Gordillo Sánchez - Estudante de Antropologia UNILA
Denise de Veiga Alves- Advogada SP
Diego Eltz Antropólogo UFRGS RS
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coordenador Diocesano de Pastoral de Chapecó/SC
Eduardo Luís Ruppenthal - ambientalista, biólogo e professor/RS
Edviges Loris - Antropóloga PPGAS/UFSC
Elaine Tavares – Jornalista- IELA – Instituto de Estudos Latino americanos
Evelyn Martina Schuler Zea - Antropóloga PPGAS/UFSC
Elison Antonio Paim - professor da UFSC
Erli Aparecida Camargo - Conselheira Nacional do MNDH
Getúlio Narsizo - Professor
Gilson Moura Henrique Junior – Historiador- Psol- RJ
Giséle Neves Maciel - Doutoranda Geografia UFSC
Haliskarla Moreira de Sá - Geógrafa - Florianópolis/SC
Isabel Santana de Rose – antropóloga e professora visitante da FAFICH - UFMG
Ivanildo Claro da Silva - Diretório Municipal do Psol de Cascavel – Professor da Rede Pública Estadual
Ivan Cesar Cima – Professor
Jacson Antonio Santana- Coordenador do Cimi Regional Sul
Jean Tible- Professor Fundação São André - SP
João Alfredo Telles Melo – Advogado e professor de Direito Ambiental e Vereador Psol Fortaleza/CECeará
Kaio Domigues Hofmann – Antropólogo e funcionário da FUNAI-SC
Leopoldo Gerhardinger Cavaleri- Oceanógrafo doutorando em estudos ambientais UNICAMP
Lino Fernando Bragança Peres - Professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC e vereador (PT) - Florianópolis(SC)
Luzia Cabreira - Advogada Coletivo Catarina de Advocacia Popular
Luis Fernando Paiva - Estudante de História - Diretório Acadêmico Oito de Maio - UDESC – SC
Luis Henrique Fragoas Pimenta - Geógrafo- SC
Luis Roberto Marques da Silveira - arquiteto e professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo CTC/UFSC
Lise Török – Jornalista – Câmara de Meio Ambiente e Saneamento do Fórum da Cidade
Margareth Castro Afeche Pimenta Arquiteta e urbanista UFSC
Mauricio Santos Matos - Belém/PA, servidor público, Comitê Metropolitano Xingu Vivo
Márcia Londero - Socióloga - Divisão do Indígena da Secretaria Estadual de desenvolvimento rural - Porto Alegre/RS
Nilo Sérgio Aragão – professor - Psol/Ceará
Marcelo Zelic - Vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais - SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo - Coordenador do Projeto Armazém Memória
Maria Selenir Nunes dos Santos – Sela - Artes plásticas - UDESC Florianópolis
Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque - Antropólogo, professor na UERJ e membro do CAV/ABA
Marcos Lanna- Professor do Programa de pós graduação em Antropologia social UFSCar - SP
Margareth Castro Afeche Pimenta – Arquiteta e Urbanista – Professora da UFSC
Osmarina de Oliveira – Geógrafa e membro do Cimi - Regional Sul
Paulo Pinheiro Machado (Historiador/ Diretor do CFH/UFSC)
Raquel Mombelli - antropóloga UFSC
Ricardo Leining- antropólogo e biólogo, funcionário FUNAI-SC
Raúl Burgos – Professor - Programa de Pós Gradução emn Sociologia UFSC
Tania Pacheco - Historiadora Blog Combate Racismo Ambiental
Tárzia Medeiros coordenação estadual da Articulação no Semiárido, Natal/RN
Telma Piacentini- Núcleo Distrital do Plano Diretor Campeche -SC
Thiago Arruda Ribeiro dos Santos - Mestrando em Antropologia - PPGAS/UFSC
Vanessa Ramos - jornalista
Vanessa de Souza Ferreira – Assistente Social
Vera Lucia Nehls Dias- geógrafa- Mestrado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento socioambiental – UDESC
Vilênia Porto Aguiar - Engenheira Agrônoma, doutoranda em Ciências Sociais da Unicamp e consultora - SC
Waleska Aureliano- Antropóloga - Museu Nacional -UFRJ - RJ


JÁ ADERIRAM À CARTA DE REPÚDIO!!!

Flavia Carlet
FLAVIA DO AMARAL VIEIRA advogada SC
Márcio Boechat Ferreira
clelia de melo tecnica de enfermagem com. Pró Mortos e Desaparecidos de SC. Santa Catarina BR.
Susan Aparecida de Oliveira professora UFSC SC
Yara Cuidar Da Profissão Hornke Psicologa mestrado Santa Catarina
Beatris Clair Andrade Florianópolis 88060-316 SC
darci frigo Curitiba Terra de Direitos Paraná
Maria C Mendes
Rita de Cássia Pacheco Direito/Professora Univali Santa Catarina, BR
Sônia Weidner Maluf Professora UFSC Santa Catarina
Ana Paula Guedes assistente jurídica Instituto de Ensino Superior Santa Catarina
Ana Maria Cordeiro Florianópolis 88036-002 Santa Catarina
Edneide de Souza Almeida
Rosangela de Souza advogada Santa Catarina
Carolina de Souza Crespo Anastácio Defensora Pública defendoria pública do Rio de Janeiro RJ
Antonio Maffezoli
Claudia Félix Teixeira
Tiago de Castilho Soares Professor Santa Catarina
André Dias Pereira Defensor Público Federal DPU
Rafael Português Defensor Público Defensoria Pública Brasil
Coletivo Anarquista Bandeira Negra
Everton Torres defensor público furb brasil
Mirtes Aparecida dos Santos ? Ativista e Militante de Direitos Humanos e do Movimento Negro COLETIVO NEGRADA ES BRASIL
Fabiana Gonçalves Coordenadora de Projetos Caritas Brasileira SC
ROSANGELA PEREIRA DE TUGNY PROFESSORA UFMG MINAS GERAIS, BRASIL
Caritas Brasileira Regional SC Caritas Brasileira SC
Roberta Martins
Liége Santin Bacharel em Direito Agente de Pastoral - Diocese de Chapecó Brasil
Neto Lopes artista plast. autonomo mato grosso do sul
Letícia Raddatz
Margaret Pereira
marilu gomes parreiras autodidata da vida Rio de Janeiro/Brasil
Dalcio De Felice
Cesar Capitanio Técnico em assuntos Educacionais UFFS Campus Cerro Largo Rio Grande do Sul, Brasil
Maria Cristina Vianna de Giácomo Conselheira de direitos da criança e do adolescente ex conselheira tutelar Mendes-Rio de Janeiro
Genival Torres Dantas Junior
Bárbara Peixoto Bancária Caixa Econômica Brasil
José Ronaldo Jamujé Fassheber
Maria da Graça Agostinho Arquiteta e urbanista/professora Unisul Santa Catarina, Brasil
MARIANA CARVALHO NOGUEIRA FRANCA 14400-340 SP
Nauro José Velho Santa Catarina - Brasil
Carolina Belmonte Dos Santos
Andressa Kolody
luciana goulart da rocha fonseca Estudante - Serviço Social Universidade Federal de Santa Catarina Santa Catarina
Luanna Marley Advogada RENAP-CE e Fórum Cearense de Mulheres Ceará -Brasil
Erika Macedo Moreira profa UFG/ CCG Goias
Queza Soares Florianópolis 88025-090 Santa Catarina
Valéria Isoppo
Tedney Moreira da Silva
Deloci Aparecida dos Passos Religiosa Paraiba - Pb
LUCIMARA VAZ Ténica Judiciaria Forum MT
Sheila F. Cruz Estudante Serviço Social UCB Brasília
Toni Ormundo Fotojornalista ACTTM Brasil-Bahia
Izide Fregnani Educadora Popular - Assessoria de Formação Sindical Sintrafesc Santa Catarima
Antonio Martins de oliveira professor ufsc sc
Haliskarla Moreira de Sá Geógrafa Santa Catarina 


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A RENAP realizou seu XVII Encontro no Rio Grande do Sul


Entre os dias 14 a 17 de novembro de 2013, a Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares-RENAP realizou seu encontro, no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão-RS. Contou com participação de 70 pessoas de 16 estados da Federação. 
O Encontro iniciou-se com solenidade no Palácio Piratini, com entrega, pelo Governador Tarso Genro, da Medalha Negrinho do Pastoreio ao prof. Jacques Alfonsin, um dos fundadores da Rede. Esta medalha é entregue a personalidades que prestam relevantes serviços em favor das pessoas, do Estado ou da Pátria. 

O Encontro realizou mesas sobre a conjuntura sociopolítica no país, criminalização dos movimentos sociais, o sistema de justiça, modelos de desenvolvimento e os conflitos que decorrem, dentre outros temas. Ocorreram também duas oficinas, uma sobre cooperativismo e outra sobre o Fórum Justiça e Articulação Justiça e Direitos Humanos- JusDH. Ainda realizou-se duas rodas de conversas, sobre os seguintes assuntos: as questões de gênero, movimentos sociais e advocacia popular; e a Renap e sua contribuição junto à Ordem dos Advogados do Brasil- OAB.


Ocorreram noites culturais e a Renap fez debate no Programa Vida no Sul, com participação também do cantor e compositor Pedro Munhoz. 

Também constou da programação o lançamento dos seguintes livros:

- Das legalidades injustas às (i)legalidades justas: Estudos sobre direitos humanos, sua defesa por assessoria jurídica popular em favor de vítimas, de autoria do prof. Jacques Távora Alfonsin, publicado pela Armazém Digital;

- Sentido Filosófico dos Direitos Humanos- Leituras do pensamento contemporâneo, organizado por Paulo César Carbonari, publicado ifibe editora;

- Defensoria Pública, Assessoria Jurídica Popular e Movimentos Sociais e Populares: novos caminhos traçados na concretização do direito de acesso à justiça, organizado por Amélia Rocha, Ana Carneiro, Luciana Zaffalon, Priscylla Joca, Rodrigo de Medeiros e Talita Furtado; publicado por Dedo de Moças Editora. 

Na manhã do dia 17 de novembro foi realizada a plenária final e, dentre outras coisas, deliberou-se que a sede do Encontro do próximo ano será em Natal-RN.

Segue em anexo as moções aprovadas na Plenária final (seguem, destacadas em amarelo, as moções referentes ao estado de Santa Catarina)


Moção de repúdio 
O XVII Encontro da RENAP aprova nota de repúdio à criminalização da aldeia Indígena do Morro dos Cavalos, em Palhoça- SC. 

Moção de apoio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de apoio à luta dos Guaranis pela demarcação das terras indígenas do Morro dos Cavalos-SC, pendente de homologação presidencial. 


Moção de apoio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de apoio à criação do Coletivo Catarina de Advocacia Popular. 

Moção de apoio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de apoio à Ocupação Contestado, na Cidade de São José-SC, que completou em 07 de novembro 1 ano de luta e resistência. 


Moção de repúdio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio ao processo de licitação e transporte coletivo de Florianópolis-SC, que sonegou à população o direito de participação popular, mesmo tendo sido provocado, no últimos dez anos, pelo MPL-SC- Floripa, e potencializado nas manifestações de junho, que considera a Empresa (ou consórcio) vencedora da exploração dos serviços por 20 anos, inclusive, se constatando, claramente, que o edital direciona o processo ao consórcio que já explora o serviço. 

Moção de repúdio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio às violências e às torturas no Sistema Prisional e Penitenciário de Santa Catarina, que inclusive ensejou ondas de protestos (intra e extra cárcere) desde o final de 2012, mas que até agora todos os órgãos governamentais envolvidos no debate de solução concretas de melhorias das condições da população carcerárias, não apresentaram quaisquer respostas. 

Moção de repúdio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio às violações ambientais, gravíssimas, que vem sendo empreendidas pela Prefeitura de Florianópolis nos casos de Porto Canoa e Beach Club’s de Jurerê Internacional, que demonstram, claramente, a utilização e divisão do solo pelo Capital e pela especulação imobiliária. 

Moção de repúdio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio ao ato da Delegacia da Polícia Federal de Chapecó- SC, pela instauração de inquérito policial contra trinta companheiros e companheiras, lideranças de quinze movimentos sociais, por exigirem respostas, investigação ao assassinato do Vereador Marcelino Chiarello. 

Moção de repúdio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio ao plano Diretor de Florianópolis- SC apresentado pela Prefeitura Municipal à Câmara de Vereadores que ignorou anos de debates da sociedade civil, que construiu democraticamente em Plano alternativo pautado no respeito à Constituição Federal, ao Estatuto da Cidade, Lei de mobilidade, legislações ambientais, dentre outros. 


Moção de repúdio 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio a ausência da sociedade civil nos quadros dirigentes da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina. 

Moção de apoio à democratização das instituições do Sistema de Justiça 
A Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares- RENAP, reunida no seu XVII Encontro, no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão-RS, vem manifestar seu posicionamento em favor do aperfeiçoamento do Sistema de Justiça. Entende que o avanço deve se dá com mecanismos de maior controle social e participação popular. 
Às instituições do Sistema de Justiça, historicamente, só as mais distantes das populações a quem deve servir, desde sua forma, passando por ritos e outros mecanismos. Sendo assim, há de se enfrentar dilemas como, ampliação de mecanismos internos de democracia, tais como garantindo o envolvimento não só dos juízes de primeiro grau nos processos de escolha e decisões administrativas nos tribunais, mas bem como de todos os servidores do Poder Judiciário. Alguns aspectos da LOMAM ainda carecem de superação dentro de um Estado de Democrático de Direito, de entender que a postura política de magistrados, por si só não deve configurar em ferimento à necessária isenção; e como critério para a promoção por merecimento ser julgar de acordo com a posição dos Tribunais. 
Dentro deste tema, faz-se, também, necessária crítica à composição aos Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público, que não refletem a diversidade da sociedade e dos movimentos que existem. Apoia-se, então, a criação do Conselho Nacional da Defensoria Pública já com esta amplitude necessária, tendo não só como um de seus membros o Colégio Nacional de Ouvidorias, mas também movimentos populares que possuem identidade com as causas das populações vulnerabilizadas no país. 
Por fim, afirmar a importância das Ouvidorias Externas das Defensorias, com conselhos que reflitam a riqueza de movimentos que devem acessar esta Instituição. Assim, a RENAP também pugna pelo respeito à Lei Orgânica da Defensoria, com a criação de Ouvidorias Externas em todos os estados da Federação e parabeniza a Defensoria Pública da União que, mesmo sem a exigência legal, criou o cargo de Ouvidor Externo, exortando que logo inicie o processo de escolha do nome de quem cumprirá, de início, esta missão. 
Viamão, 16 de novembro de 2013. 

Moção de apoio aos Escritórios de Direitos Humanos e Assessorias Jurídicas Populares do Estado do Ceará 
A Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares- RENAP, reunida no seu XVII Encontro, no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão-RS, enaltece a importância do Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar, da Assembléia legislativa do Estado do Ceará. Este instrumento realiza o parlamento cearense como casa do povo, atrelada à Comissão de Direitos Humanos, enfrentando problemas estruturais de nossa sociedade, como o Direito Social à Moradia digna. 
Da mesma forma, parabeniza a Câmara Municipal de Fortaleza, pela criação de escritório similar, denominado Dom Aluisio Lorsheider. Pugna por sua imediata implantação, para que possa, junto à Comissão de Direitos Humanos daquela Casa, se somar nas iniciativas de concretização de direitos fundamentais, problemas encontrados em diversas capitais do país. 
Viamão, 16 de novembro de 2013. 

MOÇÃO DE REPÚDIO À PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA E AO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ POR SUAS AÇÕES VIOLADORAS NA ÁREA DO COCÓ 
A área conhecida como Parque Cocó, no Município de Fortaleza-CE, é de suma importância socioambiental para aquela cidade. Todavia, há muito vem sofrendo ataques da especulação imobiliária e de construtoras. 
Nos últimos tempos, os poderes públicos do Estado do Ceará, Prefeitura, Governo e Poder Judiciário, por vezes, realizam ou legitimam estas violações. Está se planejando viadutos e pontes estaiadas, pensados para beneficiar uma elite, utilizando de forma deturpada o discurso da mobilidade urbana, numa concepção atrasada que vê a cidade apartada do meio ambiente. 
Para tanto, utilizam-se, Prefeitura e Governo, politicamente, de suas forças de repressão. Inclusive, no último dia 08 de agosto, a Prefeitura usou sua Guarda Municipal numa desocupação ilegal, em bem da União, sem ordem judicial e às 4 horas da madrugada. Este fato ocorreu para se cometer outro crime, a construção de um conjunto de viadutos, numa área vedada, por ser uma Zona de Proteção Ambiental do Plano Diretor. Cabe ainda destacar o desvirtuamento da Guarda do Município, militarizada e com um grupamento similar a uma tropa de choque. 
A democratização dos espaços públicos e o direito à cidade exigem a legalização, proteção do Parque do Cocó. Por isso à Renap se solidariza a todos (as) militantes e organizações que, por diversas vezes, lutaram pela proteção do Parque, há mais de trinta anos, como a juventude que, de forma abnegada e altruísta, realizou o acampamento chamado de #ocupecocó, contra os irracionais viadutos. 
Viamão, 16 de novembro de 2013. 

Moção de apoio às manifestações populares que tomaram às ruas do país a partir das “jornadas de junho” 
A Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares- RENAP, reunida no seu XVII Encontro, no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão-RS, entende que as ruas são espaços da política e da democracia. Sendo assim, não se pode criminalizar as manifestações e seus integrantes, pois isto vai de Encontro ao Estado Democrático de Direito. 
Diversas reivindicações por direitos surgiram destas manifestações. A ânsia da população por voz e por direitos deve ser enaltecida e não criminalizada. A crise de representatividade da política e das instituições não podem e nem devem ser tratadas com mecanismos de Estado do Exceção. 
Repudia-se, então, tratamento de setores da grande mídia sobre as manifestações. O uso de armas de menor potencial letal não podem ser admitidos. Da mesma forma, não se pode aceitar as prisões políticas, arbitrárias que ocorreram em todo país. Ressalta-se o Pacto de São José da Costa Rica em relação à vedação não só a prisões, mas detenções arbitrárias, no que se repudia as detenções ocorridas para averiguação. Quer-se, também, repudiar as prisões por possível crime de desacato, que não deveria existir. A Rede ainda manifesta, neste sentido, a solidariedade as duas pessoas ainda presas no Rio de Janeiro, por causa das manifestações. 
A RENAP se coloca ao lado do povo que vai à rua por mais democracia, por mais direitos, participação popular e controle social. Este momento pode ser impar para o fortalecimento de uma sociedade mais justa e solidária. O poder do povo vai fazer um mundo novo! 
Viamão, 16 de novembro de 2013. 

Moção de repúdio à FIFA pela forma que está impondo a Copa do Mundo 
A Copa do Mundo FIFA 2014, que esta associada a diversas corporações transnacionais vem, seja de maneira direta ou indireta provendo a construção de um estado de excessão no Brasil. Da mesma forma promove a exclusão social em outras cidades do mundo por onde passa, a elitização e a mercantilização do esporte, da cultura, da comunicação, o fomento do agronegócio, a produção desenfreada de energia a qualquer custo, a utilização da economia verde como maquiagem aos impactos ambientais gerados, o falso discurso de responsabilidade social corporativa que mascara as violações e confunde a população, a privatização dos espaços públicos e da imagem e dos corpos das mulheres, assim como a captura corporativa do Estado. 
Com base em experiências passadas de outros países que receberam a Copa do Mundo e também na experiência do Brasil e das 12 cidades sedes estão passando, podemos ver que em sua maioria, os projetos de reurbanização adotados para a preparação destes eventos resultaram em violações extensivas de direitos humanos, em especial o direito à moradia. Assim, acabam por deixar de lado a oportunidade de gerar investimentos para reduzir as desigualdades sociais e melhorar as condições de vida da população brasileira. 
Assim, os mega-eventos aceleram de forma violenta os processos de exclusão e violação de direitos, aumentando assim os conflitos urbanos de maneira drástica. Por isso, os despejos de comunidades pobres que estão (e sempre estão) no caminho das grandes obras estão ganhando dimensões não conhecidas até agora. A apropriação das subperiferias das cidades pelo capital privado está evidentemente expulsando para cada vez mais longe as periferias urbanas das grandes cidades. A ultima atualização do Dossiê Megaeventos e Violações de direitos humanos lançado pela ANCOP estima que cerca de 170 mil pessoas sejam removidas ou ameaçadas de remoção por conta das obras de infra-estrutura. 
Também a aprovação da Lei Geral da Copa e os gigantescos investimentos em obras para cumprir com as exigências da FIFA, com consequente geração de dívidas e desvio de recursos públicos, alteram leis nacionais e ferem os interesses dos brasileiros em seus direitos já conquistados bem como os direitos da natureza levando a injustiças ambientais nas 12 capitais brasileiras que receberão os jogos e suas áreas de abrangência. 
Desde 2010 a ANCOP ( Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e Olimpíadas) atua nas cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014 com o objetivo de apurar, denunciar e reverter violações de direitos humanos e sociais que estão ocorrendo em função destes mega-eventos. A ANCOP entende que a FIFA em associação com suas empresas patrocinadoras e sua relação promiscua com o Estado é a PIOR COORPORAÇÃO DO MUNDO e conta com a mobilização e apoio desta Rede de Advogados Populares e movimentos e organizações que a compõe a serem parceiras na campanha para eleger a FIFA como pior coorporação do ano no Public Eye Awards 2013. 
O prêmio, que expõe violações de direitos das coorporações mais desprezíveis do mundo, elegeu a Vale como a pior empresa em 2012, a partir da mobilização de diversas organizações, redes e movimentos do Brasil, e agora tem o desafio de em 2013 eleger a FIFA a pior coorporação do ano justamente pelo enorme impacto que tem causado à população Brasileira. 

Moção de apoio 
A Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares- RENAP, reunida na cidade de Viamão- RS, nos dia 14 a 17 de novembro de 2013, aprova a presente moção de apoio às milhares de famílias em luta por moradia e pelo direito à cidade na região metropomolitana de Belo Horizonte, contra o descaso dos governos municipais, estadual e federal para com estes direitos, já que comprometidos com os grandes empreendimentos capitalistas, especialmente, com as obras da Copa. Da mesma forma, a Renap posiciona-se contra os abusos policiais e a indiferença do Poder Judiciário nas ações de despejos forçados, que violam, frontalmente, os direitos fundamentais. 

Moção de repúdio 
A decisão do Juiz da 2ª Varado Trabalho de Vitória- ES, que de forma inaceitável anulou o processo eleitoral ocorrido 07, 08 e 09/11/2012, para a eleição da Diretoria, Conselho Fiscal e Delegados junto à Federação do SINDLIMPE-ES- Sindicato dos Trabalhadores (as) em Asseio, Conservação e Limpeza Pública e Serviços Similares no Espírito do Santo. 
Esta eleição teve a concorrência de três chapas e a chapa 01, foi eleita com mais de 70% dos votos. Entendemos que esta intervenção do Poder Judiciário na autonomia da organização sindical, vem mostrar, no caso do SINDILIMPE o rosto da criminalização dos movimentos sociais. Esta direção eleita, democraticamente, e afastada judicialmente, tem compromissos arraigados no apoio concreto da luta dos movimentos sociais. 
Hoje o sindicato está administrado por um interventor e correndo o risco da categoria perder direitos conquistados com muita luta. Somamos àqueles que fazem coro que os destinos de qualquer organização, seja direcionado por quem nela esteja inseridos. 

Moção de repúdio às prisões políticas e arbitrárias de integrantes do MST, Greenpeace e dos cinco cidadãos cubanos 
O XVII Encontro Nacional da RENAP manifesta repúdio às prisões política dos cinco cidadãos cubanos pelos EUA, dos militantes do Greenpeace na Rússia e dos dez integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST no Estado do Paraná, por supostas irregularidades no PAA- um programa que tem contribuído para acabar com a fome e a miséria do país. 

Moção de apoio ao PL 229/2013, pela imediata aprovação 
O XVII Encontro Nacional da Renap manifesta apoio ao PL 229/2013 que cria o Sistema Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul. O referido projeto de lei é resultado da construção coletiva e de um debate de mais de dez anos que envolvem instituições públicas e movimentos sociais e foi apresentado pelo Governo Estadual à Assembléia Legislativa. 
Visa dotar o Estado e a sociedade gaúcha de melhores condições de promover os direitos humanos. 
Viamão 17 de novembro de 2013. 

Moção de Repúdio aos Projetos que visam a redução da maioridade penal a define crimes de terrorismo 
O XVII Encontro da RENAP, por perceber que tais medidas não trazem segurança, agravam problemas sociais, bem como podem criminalizar movimentos, manifesta total repúdio aos PLs que visam a redução da maioridade penal a define crimes de terrorismo. 

Moção de apoio à Comunidade Baixio das Palmeiras, no Crato-CE 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio a utilização do Projeto chamado Cinturão das Águas, no Ceará, para atender aos os interesses do agronegócio e da indústria, e não para o interesse público e o bem comum. Não está sendo respeitado direito à consulta e participação de comunidades impactadas, dentre elas a Comunidade Baixio das Palmeiras, Crato-CE. 

Moção de repúdio aos projetos implementados na Chapada do Apodi (Ceará e Rio Grande do Norte) e Região do Jaguaribe (Ceará) 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de repúdio aos perímetro irrigados implantados removendo as comunidades, expropriando os pequenos agricultores, em favor do agronegócio. Isto ocorreu em Limoeiro do Norte-CE e em Tabuleiro de Russas no Ceará, e se quer repetir no chamado “Projeto da Morte”, do lado potiguar da Chapada. Na mesma linha que se repudia como está se dando a implantação da Barragem Figueiredo, no médio Jaguaribe, no estado do Ceará. 

Moção de apoio à efetivação de justiça, no caso do Manoel Matos 
O XVII Encontro da RENAP aprova moção de apoio à efetivação de justiça, no caso Manoel Matos. Nesta próximo dia 18 de novembro realizar-se-á o júri do primeiro caso federalizado do país, em João Pessoal-PB, do assassinato do advogado popular, Manoel Matos, por sua luta ao lado dos trabalhadores. 

Moção de apoio ao Juiz Rubens Casara 
O XVII Encontro Nacional da RENAP, realizado no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão-RS, vem manifestar sua solidariedade ao Juiz Rubens Casara, pelos ataques de matéria de jornalismo duvidoso, publicado pela famigerada Revista Veja. Sem prejuízo das críticas aos termos pejorativos e reprodução de preconceitos da matéria, o reconhecimento de que um juiz compreende seu papel de servidor da sociedade, deve ser encarado como algo positivo. 
A Revista Veja que não goza de nenhuma credibilidade, difunde informações equivocadas, tais como rotular controle social da mídia como algo de esquerda. Os professores Daron Acemoglu (Economia do MIT) e James Robinson (Administração Pública da Havard University), que não são de esquerda, por exemplo, destacam que é fato que colabora para o sucesso dos países mais controle social e participação popular em seu Livro “Por que as nações fracassam”. Isto é apenas um princípio democrático. 
Em sua função, o juiz Rubens Casara tem dever de isenção, mas continua a ser um cidadão com todos os deveres e garantias constitucionais, e uma delas é o respeito as suas convicções políticas. Erroneamente a Revista faz paralelos com o Código Penal, esquecendo da Carta maior. Criminalizar movimentos sociais que lutam pela efetivação da reforma agrária é ir de encontro à Constituição que estabelece a função social da propriedade. 
As posições tanto subjetivas, como institucionais do juiz Rubens Casara, relatadas ou imaginadas pela Revista em comento são, na verdade, de elogios, pois se coloca ao lado da construção de uma sociedade mais justa e solidária, buscando uma isonomia real, como determina a Constituição da República. Tal como o líder operário alemão Augusto Bebel, vindo de certos atores que propugnam ódio e preconceito, seria de se estranhar ganhar algum afago. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

XVII ENCONTRO DA REDE NACIONAL DE ADVOGADOS E ADVOGADAS POPULARES

  
RIO GRANDE DO SUL, DE 14 A 17 DE NOVEMBRO DE 2013

PROGRAMAÇÃO

DIA 14/11/2013
Local: Salão Negrinho do Pastoreio – Palácio Piratini 
18h: Credenciamento
18h30min: Abertura Oficial do Evento
Mesa:
Representante da RENAP
Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Tarso Genro
Representantes dos Movimentos Sociais – MST, MAB, MPA, CPT, MTD, MNDH, LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE e outros

19h: Aula Magna – Professor Jacques Távora Alfonsin – Advogado popular
20h: Concessão da medalha Negrinho do Pastoreio
21h: Coquetel de lançamento do livro do Professor Jacques Alfonsín
  
DIA 15/11/2013
Local: Centro de Formação Sepé Tiaraju (Instituto Preservar)

 

9h: ANÁLISE DE CONJUNTURA

Luciana Genro – Fundadora do Partido Socialismo e Liberdade
Marco Antônio (MAB) ou Cedenir Oliveira (MST) ou Eliane de Moura Martins
Marco Weissheimer – Carta Maior


14h: MODELO DE DESENVOLVIMENTO E CONFLITOS TERRITORIAIS: DESAFIOS PARA A ADVOCACIA POPULAR
Betânia Alfonsin – Professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Cristiane Faustino – Plataforma Dhesca
Daniel Pessoa ou Rodrigo de Medeiros Silva – Advogado Popular
Leandro Scalabrin - MAB

16h30min OFICINAS
18h: PROGRAMA VIDAS NO SUL
  
DIA 16/11/2013
Local: Centro de Formação Sepé Tiaraju (Instituto Preservar)

9h: ADVOCACIA POPULAR, MOVIMENTOS SOCIAIS E SISTEMA DE JUSTIÇA
Darci Frigo  – Terra de Direitos
Denise Dora – Fundadora e advogada integrante da Themis
Luciana Zafalon

14h: CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Mariana Chies Santiago Santos - Doutoranda em Sociologia representando o Grupo de Pesquisa sobre Violência e Cidadania
Mariana Trota – Mariana Crioula
Patrick Mariano – SAL/MJ

16h30min: OFICINAS
  
DIA 17/11/2013
Local: Centro de Formação Sepé Tiaraju (Instituto Preservar)

9h: PLENÁRIA DA AVALIAÇÃO E ENCERRAMENTO DO ENCONTRO
14h: Visita ao Assentamento Filhos de Sepé e à Produção de arroz agroecológico

OFICINAS SUGERIDAS

1. O MARCO NORMATIVO AMBIENTAL PARA OS PEQUENOS AGRICULTORES
Cerrado Advogados - Renap/GO
Terra de Direitos

2. MANIFESTAÇÕES DE JUNHO/UPP’S
Carlos Mourão – Renap/PB (a confirmar)
Marcelo Freixo – Deputado Estadual PSol/RJ

3. RADIOS COMUNITÁRIAS
Domingos Savio Dresch da Silveira – Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

4. COOPERATIVISMO NO DIREITO BRASILEIRO
Eduardo Faria Silva – Mestre e Doutor em Direito pela UFPR; Professor da Universidade Positivo, e Assessor jurídico do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná - SENGE/PR

5. POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS PARA ATINGIDOS POR BARRAGENS

6. DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES. POPULAÇÃO NEGRA E LGBT
Católicas pelo Direito de Decidir (Contato Dani Felix)
MEEL (Contato Rodrigão)

7. RELATÓRIO NORDESTE DE DIREITOS HUMANOS
Hugo Berlamino – Renap/PB

8. RENAP NA OAB
Daniel Pessoa – Renap/RN
Leonardo Kauer – Renap/RS

9. REFORMA POLÍTICA
Sílvia Camurça – SOS Corpo de Pernambuco (Contato Dani Felix)
José Antonio Moroni – Plataforma da Reforma Política

10. FORUM JUSTIÇA (Rodrigão)


Apoio:

Instituto Preservar – Assentamento Filhos de Sepé  

Ponta do Aterro RS 40 KM 20. Rua do Progresso, n. 1000, Viamão/RS. Caixa  Postal 58. CEP: 94760-997. CNPJ: 05.858.859/0001-50. Endereço Eletrônico: contato@institutopreservar.org.br. Porta na internet: www.institutopreservar.org.br



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

CONVITE: Audiência Pública para debater a Lei que irá instituir o Conselho Estadual de Direitos Humanos de Santa Catarina

Companheir@s,
Acontecerá em Lages, na quinta, dia 22/08, às 19h,  Audiência Pública para debater a Lei que irá instituir o Conselho Estadual de Direitos Humanos de Santa Catarina.
É imprescindível a presença de toda a Comunidade!

Abraços!



sexta-feira, 12 de julho de 2013

Prisões ilegais e violentas no "Catracaço" de 11/07 no TICEN, em Floripa

Companheir@s,
este vídeo mostra com clareza a ilegalidade e a violência das prisões de integrantes do movimento passe livre no TICEN, em 11 de julho, em Floripa.
O Movimento não deu causa à tamanha brutalidade da Polícia Militar de Santa Catarina... o que mostra a serviço de quem ela está... se presta à defesa dos Empresários do Transporte e não à população. 
Salienta-se que o suposto "dano" já havia sido reparado quando a manifestação saiu do TICEN. 
Nossas manifestações clamam pela NÃO-VIOLÊNCIA, tanto que uma das palavras de ordem é "SEM VIOLÊNCIA!", e ontem não foi diferente! 


#mpl #tarifazeto #porumavidasemcatracas

terça-feira, 18 de junho de 2013

Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares de repúdio às propostas de tipificação do crime de Terrorismo


A Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares – RENAP vem, por meio deste manifesto, repudiar as propostas para a tipificação do crime de Terrorismo que estão sendo debatidas no Congresso Nacional, através da comissão mista, com propostas do Senador Romero Jucá e Deputado Miro Teixeira.

Primeiramente, é necessário destacar que tal tipificação surge num momento crítico em relação ao avanço da tutela penal frente aos direitos e garantias conquistados pelos diversos movimentos democráticos. Nos últimos anos, houve uma intensificação da criminalização de grupos e movimentos reivindicatórios, sobretudo pelas instituições e agentes do sistema de justiça e segurança pública. Inúmeros militantes de movimentos sociais foram e estão sendo, através de suas lutas cotidianas, injustamente enquadrados em tipos penais como desobediência, quadrilha, esbulho, dano, dentre outros, em total desacordo com o princípio democrático proposto pela Constituição de 1988.

Neste limiar, a aprovação pelo Congresso Nacional, de uma proposta que tipifique o crime de Terrorismo irá apenas incrementar o já tão aclamado Estado Penal segregacionista, que funciona mais como mecanismo de contenção das lutas sociais democráticas e eliminação seletiva de uma classe da população brasileira. Nesta linha, o inimigo que se busca combater para determinados setores conservadores brasileiros, que permanecem influindo nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, é interno, concentrando-se, sobretudo, nos movimentos populares que reivindicam mudanças profundas na sociedade brasileira.

Dentre as várias propostas, destaca-se o Projeto de Lei de relatoria do Senador Romero Jucá, que em seu art. 2º define o que seria considerado como Terrorismo: “Art. 2º – Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial ou étnico: Pena – Reclusão de 15 a 30 anos”.

Trata-se, inicialmente, de uma definição deveras abstrata, pois os dois verbos provocar e infundir são complementados pelos substantivos terror e pânico. Quem definiria o que seria terror e pânico? Como seria a classificação do terror e pânico generalizado? Ora, esta enorme abstração traz uma margem de liberdade muito grande para quem vai apurar e julgar o crime. Além disso, esse terror ou pânico generalizado, já de difícil conceituação, poderia ser causado, segundo a proposta, por motivos ideológicos e políticos, o que amplia ainda mais o grau de abstração e inconstitucionalidade da proposta.

É sabido que as lutas e manifestações de diversos movimentos sociais são causadas por motivos ideológicos e políticos, o que, certamente, é amplamente resguardado pela nossa Constituição. Assim, fica claro que este dispositivo caso seja aprovado, será utilizado pelos setores conservadores contra manifestações legítimas dos diversos movimentos sociais, já que tais lutas são realmente capazes de trazer indignação para quem há muito sobrevive de privilégios sociais.

Também a proposta do Deputado Miro Teixeira revela o caráter repressivo contra manifestações sociais, evidenciada em um dos oito incisos que tipifica a conduta criminosa: “Incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado”. Verifica-se, portanto, que as propostas são construídas sobre verdadeiros equívocos políticos e jurídicos, passando ao largo de qualquer fundamento ou motivação de legitimidade.

Agregue-se, ainda, o cenário de repressão e legislação de exceção paulatinamente instituídos pela agenda internacional dos grandes eventos esportivos, solapando a soberania política, econômica, social e cultural do povo brasileiro, e a fórmula dos fundamentos e motivações da tipificação do crime de terrorismo se completa, revelando a sua dimensão de fascismo de estado, incompatível com os anseios de uma sociedade livre, justa e solidária.

Desta maneira, a RENAP mostra-se contrária a estas propostas de tipificação do crime de Terrorismo que, sobretudo, tendem muito mais a reprimir e controlar manifestações de grupos organizados, diante de um cenário já absolutamente desfavorável às lutas sociais como estamos vendo em todo o Brasil.

sábado, 25 de maio de 2013

Convite da Reunião para Reestruturação do Comitê Catarinense de Combate à Tortura

Recebi e divulgo aqui no BLOG.
Compareçam!

***


Prezados,

Encaminho convite para participação na reunião ampliada do Comitê Catarinense de Combate à Tortura para discutir sua função e reestruturação. A reunião contará com a presença de represntantes da Secreataria de Direitos Humanos através da participação do Dr. Bruno, ouvidor nacional e da Sra. Carolina, da Coordenadoria Nacional de Combate à Tortura. Os convites foram encaminhados pelo atual Presidente do Comitê, mas gostaria de contar com a participação de vocês, considerando novamente o momento delicado da segurança de Santa Catarina e que sabemos necessitar de ações mais complexas que aumentar o policiamento nas ruas. Vamos compreender qual o papel do Comitê e dos Mecanismos de Combate à Tortura para usar está possibilidade de atuação de forma adequada e com efetividade.

Conto com a participação de vocês e/ou representantes e com o auxílio para divulgação. A reunião acontecerá na proxíma segunda, 27 de maio, 14:00 horas no Salão do Pleno do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Atenciosamente,

Adriana K. Ternes Moresco
Assistente Social
Corregedoria-Geral da Justiça
Núcleo V - Direitos Humanos

terça-feira, 21 de maio de 2013

Defensores dizem que Defensoria Pública, na prática, não existe; direção nega


“A nossa Defensoria inexiste, isto é fato, não sabemos quantos atendimentos fizemos. Não temos condições de discutir o início, porque o início não existe”, afirmou o defensor Ronaldo Francisco, presidente da Associação dos Defensores Públicos de Santa Catarina (Adpesc). O Defensor-Geral, Ivan César Ranzolin, negou a afirmação e cobrou coerência do presidente da Adpesc. “Ela existe, você está aqui. Em Florianópolis os defensores já estão atuando, atendendo as pessoas na nossa sede, estão recebendo processo, sábado chegaram os móveis e cada um tem computador de última geração”, contestou.
O confronto de opiniões ocorreu na noite desta segunda-feira (20), durante audiência pública da Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e à Mulher, realizada no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, para avaliar o primeiro mês de existência da Defensoria Pública barriga verde.
Depois de expostas as diversas opiniões, os participantes da audiência pública decidiram cobrar do Executivo o provimento de mais 15 cargos de defensores, para atingir 60, como prevê a lei que criou a Defensoria, uma vez que até agora foram nomeados 45; articular o debate sobre o orçamento (percentual entre 1 e 2% da Receita Corrente Líquida) e autonomia da instituição; a criação de mais 100 cargos de defensores, para chamar os 157 aprovados no concurso; a denúncia ao STF, ao Ministério Público Federal e ao Ministério da Justiça sobre a real situação da Defensoria.
Além disso, foi decidida a realização de outra audiência pública em agosto, para uma nova avaliação; a convocação dos analistas e técnicos aprovados; a reativação do Movimento Mais e Melhor Justiça para Todos; e a criação da Ouvidoria Externa da Defensoria Pública.

As opiniões
O presidente do Colégio de Ouvidorias, advogado Paulo Lemos, declarou-se decepcionado com a realidade da Defensoria no estado. “Mesmo com todas as deficiências, só 45 defensores e 0,1% da Receita Corrente Líquida é muito pouco, esperava mais”. Segundo Lemos, “se prosperar esse quadro não há como ter outro entendimento se não o descumprimento da decisão do STF”, declarou, lembrando que há precedente no próprio STF. “No caso de órgão essencial, que o estado tem obrigação de criá-lo, se cria e não dá condições é a mesma coisa que não criá-lo, é improbidade administrativa”, avaliou.
Ronaldo Francisco, presidente da Adpesc, afirmou que o problema é de orçamento. “A resposta do Executivo é que não há dinheiro”. O defensor público declarou que seus colegas estão indo para o interior e não estão sendo bem recebidos. “Eles afirmam que não nos querem, não há receptividade por parte do Ministério Público, Judiciário, OAB e tudo deságua no problema de dificuldade orçamentária”, observou.
O presidente da Adpesc reivindicou tratamento igualitário para as instituições “que estão no mesmo nível constitucional” e comparou o orçamento de R$ 12 milhões da Defensoria Pública para 2013 com as previsões orçamentárias milionárias do TJ e do MP. “A Assembleia Legislativa pode nos ajudar a conseguir recursos”, lembrou o defensor.
O defensor público-geral, Ivan César Ranzolin, convidou os participantes a visitarem a sede da Defensoria, na Rua Othon Gama D’Eça, 622, no Centro de Florianópolis, para checar as condições de trabalho. “Até setembro, a sede da DP foi no meu carro, depois no escritório do doutor Sadi Marinho. Fomos mais de 80 vezes no Centro Administrativo para viabilizar o orçamento de R$ 12 milhões, preservando o subsídio de quem foi nomeado”, esclareceu.

Ampliação
Ranzolin anunciou que na quinta-feira (23) dois defensores começarão a atender o público em  Chapecó. O ex-deputado também informou que em cinco cidades onde a Defensoria deveria funcionar, o Tribunal de Justiça negou a ocupação de espaços. “Foi mantido o de Lages, na Universidade, e em Chapecó, uma casa alugada na rua Jaraguá”, declarou.

Sobre a crítica do presidente da Adpesc, Ranzolin ponderou que Ronaldo Francisco falou uma coisa certa. “Parece que os defensores são patinhos feios, mas eles estão é com receio de que vocês façam um trabalho maravilhoso”, avaliou. O defensor-geral descreveu “uma reunião pesada”, com a presença do TJ, do Executivo, OAB e do MP. “Ficamos quatro horas discutindo como fazer sem Defensoria dativa (sic). Eles questionaram quantas pessoas vamos atender”, revelou.
Ranzolin afirmou que a Defensoria deve chegar ao fim de 2013 com 60 defensores. “Se convencêssemos o secretário da Fazenda poderíamos chegar a 90”, lamentou, acrescentando que a instituição receberá 10 veículos da Receita Federal. “Vamos dar uma arrumada e mandar para interior, mas não há recursos para combustível e manutenção”, avisou.
Daniela Cristina Rabaioli, militante do MST, lembrou que os movimentos sociais já estão acostumados com a marginalização promovida pelo estado e deplorou que o governo impeça servidores públicos de exercer o seu trabalho. “Vamos ocupar as SDRs, eu acho ridículo o MP negar espaço para os defensores atuarem, é uma vergonha, se preciso for vamos ocupar o centro administrativo, parar a ponte. Se fosse pelo estado não teríamos Defensoria Pública”, analisou.
A audiência pública foi presidida pela deputada Luciane Carminatti (PT), que lembrou a data de 19 de maio, Dia Nacional da Defensoria Pública. A parlamentar, que solicitou a audiência, lembrou que o índice de violência doméstica cresceu mais de 100% em Lages, Balneário Camboriú e Chapecó, e ressaltou que esses são os desafios que os defensores enfrentarão “na construção de uma assistência jurídica gratuita, com ações educativas e preventivas, articuladas com aqueles que atuam com os mais vulneráveis”, explicou.
Participaram da audiência defensores públicos aprovados no concurso, militantes de organizações sociais, representantes de defensorias públicas de São Paulo e do Rio de Janeiro, o deputado federal Pedro Uczai (PT), o ex-deputado Otávio Gilson dos Santos, o Procurador da República Maurício Pessuto, a representante da Rede Nacional de Advogados Populares, Daniela Félix, além de cidadãos da grande Florianópolis.

Por Vítor Santos
Fonte: Agência AL - 21/05/2013 - 13h21min