quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

INÉDITO!!!! Habeas Corpus pela DPESP suspendeu a Revista Íntima (e vexatória!) às visitas de presos

Para conhecimento e divulgação!
Decisão inédita que suspende, temporariamente, a revista íntima invasiva aos familiares de presos.
Parabéns à Defensoria Pública de São Paulo!
Que este HC motive a luta em outros estados da federação (inclusive Santa Catarina!).

Habeas Corpus coletivo e preventivo pela Defensoria Pública de São Paulo SUSPENDEU a determinação da execução de exames invasivos em pessoas suspeitas de carregarem objetos ilícitos quando em visitas a presídios

PODER JUDICIÁRIO - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Despacho
Habeas Corpus Processo nº 0269428-71.2012.8.26.0000
Relator(a): FIGUEIREDO GONÇALVES
Órgão Julgador: 1ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL


Vistos.
No impedimento do Relator Sorteado em apreciar o pedido de liminar, passo a analisá-lo.
Trata-se de Habeas Corpus coletivo e preventivo em que a Defensoria Pública alega que a MM. Juíza de Direito Corregedora dos Presídios da Comarca de Taubaté (1ª Vara das Execuções Criminais) determinou a execução de exames invasivos em pessoas suspeitas de carregarem objetos ilícitos quando em visitas a presídios.
Afirma a MM. Juíza de Direito: “... com fundamento no artigo 244, da lei processual penal, determino à autoridade policial competente que em situações desta natureza tome as providências de seu ofício, dentre elas requisitar a quem de direito a retirada do corpo estranho do interior da pessoa investigada, com ou sem o consentimento da mesma, prosseguindo-se então com a regular formalização do flagrante, como de rigor é necessário (fls. 35).
Por sua vez, comunicada a E. Corregedoria Geral de Justiça, houve o entendimento de que “a r. decisão proferida pela magistrada está fundamentada (fls. 37/42) e constitui uma das possíveis interpretações para o tema objeto de indagação formulada pelo Diretor da Unidade Prisional”. E mais: “... o posicionamento da magistrada não é isolado na doutrina e na jurisprudência”. E ainda: “... a solução dada pela MM. Juíza é uma das possíveis para o tema, que tentou resolver questão de grande relevância”.
Por primeiro, é de se afirmar que os princípios da legalidade e da dignidade da pessoa humana limitam a discricionariedade jurisdicional. Nesse sentido, a jurisprudência encontra limites constitucionais. Como consequência, data venia, não se pode, com base em interpretações judiciais não pacificadas, suprimir eventuais lacunas, adotando-se funções legislativas.
O princípio da legalidade tanto demarca e estabelece limites formais ao intérprete do direito, como exige uma correlação material que impede eventuais interpretações analógicas em prejuízo das garantias de cidadania.
Por segundo, o exame invasivo, sem permissão do titular de direitos, acaba por se constituir em violência inadmissível num estado democrático de direito.
O entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal, e encampado pela doutrina, com base na legislação em vigor, reconhece que o Estado não pode obrigar o indivíduo a se autoincriminar (nemo tenetur se detegere). Em todas situações semelhantes ao caso presente (em especial nos casos em que seria necessário exame de sangue para dosagem alcoólica) prevaleceu, para o STF, o direito fundamental sobre a necessidade da persecução estatal.           
Em nome de adequar-se a lei a outros fins ou propósitos não se pode cometer o equívoco de ferir os direitos fundamentais do cidadão, impondo-lhe, dede logo, um constrangimento ilegal, em decorrência de uma inaceitável exigência não prevista em lei.
Insiste-se: em nome de eventual segurança carcerária, o Estado não pode violentar a dignidade do ser humano, obrigando-lhe a se submeter a exame invasivo, para que a autoridade possa proceder “a retirada do corpo estranho do interior da pessoa investigada, com ou sem o consentimento da mesma”.
Com esses fundamentos, concede-se a liminar para que a decisão concessiva de exames invasivos fique suspensa até julgamento final deste “writ”.
Requisitem-se informações da autoridade coatora, remetendo-se os autos à Procuradoria Geral de Justiça e, em seguida, ao E. Relator Sorteado.

São Paulo, 18 de dezembro de 2012.

Marco Nahum
Relator
No impedimento ocasional do Relator sorteado

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ato pelo Dia Internacional de Direitos Humanos em Floripa

Pesso@l!
Muito bom o vídeo produzido pela Elaine Tavares e Rubens Lopes, com imagens e entrevistas do Ato.
Abaixo o Manifesto escrito pelo Eduardo Granzoto de Mello, assinado por várias Organizações (inclusive a RENAP) e distribuído no dia do Ato.




O ano de 2012 vem testemunhando o emergir de uma outra Florianópolis! Das bases da cidade levantam-se cada dia mais as vozes dos trabalhadores pobres e dos marginalizados, rompendo a superfície mercadológica da Ilha da Magia. Revolta por vezes irracional e violenta, como nos recentes atentados aos ônibus, que suscitaram a repressão violenta pela polícia militar, mais uma vez com a transformação das comunidades de periferia em verdadeiros campos de concentração. Mas o canto do povo trabalhador não é só de dor, é sim um grito por dignidade, é o estalar de uma luta por direitos.
O que temos presenciado cada dia com mais força em Florianópolis é a luta organizada, política e pacífica do povo trabalhador por direitos sonegados pelo poder público e violados por uma sociedade que explora, oprime e marginaliza. Desde as greves dos bancários, dos trabalhadores do transporte público, dos correios, dos servidores e professores da rede estadual e da universidade federal e a corajosa luta hoje travada pelos trabalhadores da saúde estadual até a marcha das vadias por liberdade, os atos de solidariedade aos índios Guarani-Kaiowa, a luta contra o racismo representada pelo conjunto de atividades do movimento negro na última Semana da Consciência Negra, a luta em defesa da memória dos que tombaram na luta contra a ditadura e pela criação da Comissão da Verdade em nosso estado, o movimento dos familiares e amigos de presos denunciando à tortura na Penitenciária de São Pedro de Alcântara e o ressurgir da luta por moradia com atos no Norte da Ilha e a ocupação Contestado que vive hoje sob ameaça de despejo.
Nesta segunda-feira dia 10 dezembro é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, data instituída em 1948 na ocasião da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para o povo trabalhador a verdade dos direitos humanos é uma só: nossos direitos só valem de verdade quando o povo organizado vai à luta, toma as ruas e reivindica sua efetividade contra os poderes instituídos! O respeito pleno à dignidade humana e realização das necessidades humanas serão conquistas da nossa luta, sem a luta organizada não passam de palavras bonitas no papel!
É neste sentido que as organizações, movimentos e entidades abaixo-assinadas convocam o conjunto do movimento popular, sindical e de juventude de Florianópolis para mais uma vez mostrar sua força na construção de um Ato Público Unificado neste Dia Internacional dos Direitos Humanos:

ATO PÚBLICO UNIFICADO: DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
DATA: 2ª feira 10 de dezembro de 2012
LOCAL: em frente à Catedral Metropolitana de Florianópolis
HORA: 17:00 horas.

Não ao despejo da Ocupação Contestado!
Pelo direito a moradia e por uma Cidade voltada para o povo trabalhador!
Contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais!
Pela apuração rigorosa das denúncias de tortura na Penitenciária de São Pedro de Alcântara!
Pela criação da Comissão da Verdade na Assembléia Legislativa!


Assinam esta convocatória:

Brigadas Populares
Coletivo Catarinense pela Memória, Justiça e Verdade
Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade – GAFPPL-SC
Ocupação Contestado
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia em Florianópolis e Região - SINERGIA
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários - Florianópolis - SEEB
Associação Juízes para a Democracia
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual de Santa Catarina - SINTESPE
Memorial dos Direitos Humanos - UFSC
Coletivo Domínio Público
Movimento Passe Livre
ASSIBGE-SC
PIRA (Coletivo PIRA - Produção Integrada de Resistência Antimanicomial, Núcleo Florianópolis de Luta Antimanicomial)SinPsi-SC - Sindicato dos Psicologos de Santa Catarina
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST-SC
Consulta Popular SC 
Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina – SINJUSC 
Assembleia Nacional de Estudantes - Livre (ANEL)
Coletivo Anarquista Bandeira Negra
Portal Desacato
Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares - RENAP

sábado, 8 de dezembro de 2012

Contestado VIVE!

Pesso@s!

Agradecemos as manifestações carinhosas neste momento de extrema felicidade que vivenciamos junto às 92 famílias que moram, mesmo que precariamente, na Ocupação Contestado.
Todavia, não podemos deixar de destacar a importância fundamental que as Brigadas Populares têm desempenhado junto às famílias, inclusive com o intercâmbio de experiências com Minhas Gerais, Rio de Janeiro, dentre outras.
Neste sentido, nosso agradecimento especial vai para o Joviano Meyer e Larissa Pirchiner (Advogados das Brigadas de Minas), que foram imprescindíveis na construção da defesa jurídica, sem eles não teríamos avançado com esta luta.
Ainda, agradecemos ao coletivo de juristas catarinenses que nos deram o suporte para transformar a defesa das famílias em algo possível e com esperança de se ter o resultado que tivemos. 
Por fim, e não menos importante, agradecemos aos Drs. Samuel Martins e Marcos Rogério Palmeira, que contribuíram na revisão técnica do Agravo e foram com a gente fazer os "embargos auriculares" junto à Assessoria do Desembargador.
É isso aí... a luta continua até que estas famílias tenham todos os seus direitos fundamentais garantidos! 
Abraços,
Dani Felix e Dani Rabaioli

***
Vitória da Ocupação Contestado: 
Tribunal de Justiça derruba liminar de despejo



O desembargador Luís Zanelatto acaba de julgar procedente o pedido liminar de suspensão da ação de reintegração de posse. O recurso de autoria dos advogados Daniela Félix (Rede Nacional de Advogados Populares), Daniela Cristina Rabaioli (MST) e Joviano Mayer (Brigadas Populares) demonstrou que o processo contem várias irregularidades e insuficiências que impossibilitavam uma ação que causaria danos irreparáveis para as famílias do Contestado “as quais ficariam desalojadas abruptamente, quando, como já evidenciado, os autos encontram-se desprovidos de elementos mínimos a indicar que quem pleiteia a área para si seja efetivamente o legítimo possuidor daquele imóvel, o que autoriza a concessão do pretendido efeito suspensivo”.

O inteiro teor da decisão está disponível no site do Tribunal de Justiça. 

A vitória é temporária

A decisão foi por revogar a liminar e não pelo fim do processo. Isto significa que o mérito do recurso continuará a ser analisado, como afirma o desembargador na decisão: “observe-se, que a decisão acerca do pedido liminar em agravo de instrumento não tem por fim esgotar a apreciação do mérito recursal, que será ainda objeto de minudente análise pelo órgão Colegiado competente.”
Precisamos, portanto continuar acompanhando atentamente o processo judicial para garantirmos que o recurso seja aprovado completamente.

A vitória é parcial

O afastamento temporário do despejo é uma vitória imediata que deve ser comemorada por todos. No entanto, trata-se de uma vitória parcial, afinal, nosso objetivo é conquistar uma moradia digna para os moradores da ocupação Contestado. Neste sentido é fundamental que as negociações, motivadas pela ameaça de despejo, envolvendo o Ministério Público Estadual, a Secretaria do Patrimônio da União, e outros atores, continue na perspectiva de que as famílias sejam assentadas num terreno definitivo.

Vitória da organização popular!


Embora temporária e parcial esta vitória deve ser extremamente comemorada. Isto porque ela é resultado da organização das famílias sem teto da grande Florianópolis. Ao contrário da primeira ocupação, que foi instigada pelo oportunismo eleitoral de Djalma Berger, desta vez as famílias estão organizadas coletivamente, conscientes de seus direitos e dispostas a lutar para conquistá-los.Por isso é fundamental que todos comemorem esta vitória e, principalmente, ela é mais uma prova de que na luta só perde quem desiste!

Esta não é apenas uma vitória das famílias ocupadas, mas sim de todos aqueles que lutam contra os interesses do grande capital imobiliário de Florianópolis, contra os grileiros e especuladores que - como a imobiliária Suvec e sua proprietária, Florisbela Becker - colocam sua ganância acima da dignidade de milhares de famílias cada vez mais excluídas e segregadas. Esta luta é de todos aqueles que lutam contra a transformação da cidade em mercadoria de luxo, contra a cidade do capital.

Devemos comemorar, mas sem cair em ilusão: é fundamental manter a organização e ampliar nossa mobilização. Por isso estamos convocando a todos os movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis e lutadores a unificarmos forças no ato público pelo do Dia internacional dos direitos humanos. Vamos às ruas comemorar nossa vitória e demonstrar nossa força.

Ocupar, resistir e construir!
Pátria Livre, venceremos!
-- 
Camila Rodrigues - 48-9963-2601 - milaca@gmail.com



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ocupação Contestado está ameaçada de despejo!





Uma liminar de reintegração de posse foi movida na última quinta-feira (29/11) contra a Ocupação Contestado em São José (SC), comunidade que completará um mês no próximo dia 7, pela Imobiliária Suvec, que também é proprietária do terreno que foi prometido pelo prefeito de São José, Djalma Berger, no início de outubro.
A ação tem vários indícios de irregularidades, que serão questionados judicialmente. O problema é que já foi articulada a mesma estrutura de repressão da primeira reintegração de posse, quando da promessa do prefeito Djalma Berger, no bairro de Serraria.
As famílias estão endividadas, não têm para onde ir e continuam precisando da solidariedade de todos. Por isso, precisamos do apoio de todos na divulgação do drama que vive mais uma vez essa comunidade e na articulação de ações de solidariedade.
Que haja uma negociação justa e que a poder público ofereça uma alternativa, de preferência permanente, de espaço digno para essa população.
Despejo, não! Estamos com o Contestado e lutamos!
Ocupação Contestado - http://contestadovive.org/

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO PENAL E CRIMINOLOGIA

Começa amanhã, 29/11/12, em Curitiba/PR!!!
Abaixo a programação:
Data: 29 de novembro a 1º de dezembro de 2012

Inscrições até 28/11/2012

Local: Pleno | 12º andar do Edifício Anexo - TJPR

Investimento: R$ 100,00 (profissional) e R$ 50,00 (estudante).

Agenda:
29 de novembro - 19h às 22h
30 de novembro - 09h às 12h e 15h às 22h
01 de dezembro - 10h às 13h

terça-feira, 20 de novembro de 2012

XXVII SEMANA DA TERRA EUGÊNIO LYRA - XVI ENCONTRO DA RENAP





XXVII SEMANA DA TERRA EUGÊNIO LYRA
XVI ENCONTRO DA RENAP
Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares

SALVADOR, BAHIA
21 A 25 DE NOVEMBRO DE 2012
 LOCAL: CTL – Centro de Treinamento de Líderes – Praia de Itapuã


21/11 – QUARTA-FEIRA

12h – Acolhida
16h – Reunião dos articuladores. Definições e ajustes para o encontro.
18h – Jantar
19h – Abertura. Apresentação dos trabalhos e participantes.
19:30h – Conjuntura. Avanços e retrocessos nos direitos conquistados no Brasil

.Maria José Pacheco (CPP-BA);
.Ruben Siqueira (CPT-BA);
.Leomárcio Silva (Coordenador Estadual do MPA);


22/11 – QUINTA-FEIRA

9h – Mesa: Advocacia Popular, Movimentos Sociais e Sistema de Justiça.

 .Cacique Babau (Povo Tupinambá da Serra do Padeiro/BA)
.Gerivaldo Neiva (Juiz de Direito – AJD e AATR/BA).
.Mariana Trotta (Mariana Crioula e JusDH/RJ)
. Amélia Rocha (Defensora Pública - Comissão de Direitos Humanos do CONDEGE/CE).

10:20h – Debate.
12h – Almoço
 14h – Oficinas, Grupos de Trabalho e Reuniões. Temas sugeridos:

- INICIATIVAS DO EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO DE IMPACTO NOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS E MOVIMENTOS SOCIAIS (CODIGO FLORESTAL, PEC 215, CONVENÇÃO 169, PORTARIA 303, ADI 3238).
- DEMOCRATIZAÇÃO DA JUSTIÇA (JUSDH, TRIBUNAL POPULAR DO JUDICIÁRIO, TRIBUNAL DA TERRA, INCIDÊNCIA NO STF).
- INICIATIVAS DE DEFESA DE TERRITÓRIOS DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS (TERRITÓRIOS PESQUEIROS E PEC DOS FUNDOS DE PASTO).
- ENFRENTAMENTO JURÍDICO DE MEGAEMPREENDIMENTOS.
- CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO
- NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL

18h – Jantar
19h - Mesa: Novos códigos e o conservadorismo de impacto na advocacia popular. Os casos do Código Penal, Código de Processo Civil e Código Florestal.

. João Alfredo Telles Melo (Professor, advogado/CE);
. Católicas pelo Direito de Decidir – CDD/ Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher - CLADEM;
. Julia Ávila (Terra de Direitos/PR);
. Gabriel Sampaio (Secretaria de Assuntos Legislativos – Min. da Justiça).

20:00h – Debate

23/11 – SEXTA-FEIRA

9h - Mesa Redonda: Educação Jurídica e Advocacia Popular

. Maurício Azevedo (UFBA/UNEB/AATR-BA)
.Maria José Andrade de Souza (Núcleo de Extensão da UEFS/BA)
.Stella Rodrigues (UNEB/BA)

10:20h – Debate

12h Almoço
14h – Oficinas, Grupos de Trabalho e Reuniões. Temas sugeridos:

- DIREITO À EDUCAÇÃO NO CAMPO E AS TURMAS ESPECIAIS DO PRONERA
- PAPEL DO IPDMS E ARTICULAÇÃO NACIONAL.
- ASSESSORIA JURÍDICA UNIVERSITÁRIA, NUCLEOS ETC.
- INICIATIVAS DE EDUCAÇÃO JURÍDICA POPULAR.
- PAPEL DA MULHER NA EDUCAÇÃO JURÍDICA POPULAR.
- CONSTRUÇÃO DO RELATÓRIO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NO NORDESTE

18h – Jantar
19h - Mesa: Memória e Verdade - a luta contra a ditadura civil-militar ontem e hoje

. Dr. Inácio Gomes (advogado de presos políticos na ditadura/BA);
. José Carlos Zanetti (CESE/BA);
. Diva Santana (Tortura Nunca Mais/BA);

20:30 h – Atividade Cultural

24/11 – SÁBADO

9h – Roda de diálogo: o papel da RENAP e entidades de assessoria jurídica popular na atual conjuntura.

. Noaldo Meireles (Dignitatis/PB);
. Antonio Sérgio Escrivão (jusDH e Terra de Direitos);
. Coletivo de Mulheres da RENAP;
. AATR/BA

10:20h – Debate
12h – Almoço
14 h - Plenária e encaminhamentos.
18h - Jantar
19 h – Comemoração de 30 anos da AATR, 10 anos da Dignitatis, 10 anos da Terra de Direitos, 17 anos da RENAP, 05 anos da Mariana Crioula, 08 anos do Cerrado.
Festa de encerramento.

25/11 – DOMINGO
Dia livre, despedidas e retornos...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

URGENTE - Audiência Pública na ALESC em 19/11/2012

Comp@s!
Convido-os para a Audiência Pública que debaterá principalmente a questão da moradia às familias da Ocupação Contestado.
Divulguem e compareçam!
Já passou da hora de colocarmos em pauta a luta por espaço e moradias dignas às pessoas de baixa renda da Grande Florianópolis!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

À Margem do Corpo

Comp@s! Fantástico documentário sobre a legalização do aborto!
Vejam e comentem!


À margem do corpo (um filme de Débora Diniz) - subtitle in english from Universidade Livre Feminista on Vimeo.


Filme: À Margem do Corpo Direção: Debora Diniz
Formato: DVD
Cor: Cor
Duração: 43min
Ano: 2006

Ficha técnica:
Direção Debora Diniz | Etnografia Debora Diniz | Roteiro Etnográfico Debora Diniz e Ramon Navarro | Direção de Produção Fabiana Paranhos | Produção em Campo David Chalub | Edição e Direção de Arte Ramon Navarro | Finalização Ramon Abreu
Sinopse:
A história se passa no interior de Goiás, entre os anos de 1996 e 1998. Deuseli tinha 19 anos quando foi brutalmente estuprada. Impedida de realizar o aborto, encerra o primeiro ato da narrativa desaparecendo da cidade onde vivia. Meses depois, é protagonista de outro crime, só que agora como assassina da filha de 11 meses. Em um ritual, para alguns histérico, para outros satânico, Deuseli reproduz a cena do estupro e afoga a filha em uma banheira. Ela morre meses depois de causa desconhecida. Entre o estupro, o assassinato e a morte, a vida de Deuseli foi recontada por advogados, médicos e exorcistas.

ATENÇÃO!
Leia resenha do filme publicada no periódico Horizontes Antropológicos

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ocupação Contestado nasce hoje (ontem) em São José!

Compartilhando um pouco do sentimento que só dá de saber construindo junto aos Movimentos e ao Colteivo de Pesso@s que lutam pela moradia digna!
 
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O povo, unido, jamais será vencido!
Eu que tirei esta foto e postei ontem no facebook!
Madeira por madeira, lona por lona, os moradores da comunidade José Nitro estão, ao longo dos últimos dias, construindo suas casas e sua história em um espaço que é o germe da Ocupação Contestado, consolidada na madrugada desta quarta-feira (7).
O nome da ocupação homenageia os cem anos da Guerra do Constestado, conflito que ocorreu no Estado de Santa Catarina no início do século 20 e que, assim como em nossa luta, questionou a propriedade das terras e foi manifestação de insatisfação popular diante dos problemas sociais.
A ação deve sofrer retaliações nas próximas horas e dias e a Polícia Militar de Santa Catarina já esteve no local: antes das 4h desta madrugada, a polícia surgiu para intimidar os ocupantes, mas não foi o suficiente para desistirmos.
Esses trabalhadores da cidade de São José, oriundos de tantos lugares do Brasil, estão protagonizando um ato histórico diante da desorganização dos sem-teto da capital catarinense nos últimos 20 anos. Ato que legitima o primeiro passo dado no último sábado, com reunião para a Reconstrução do Movimento Sem Teto em Florianópolis, no último sábado (3).
Todas essas ações foram estimuladas involuntariamente por um personagem que não tem nenhum interesse na soberania popular e na qualidade de vida de seu povo: o atual prefeito de São José, Djalma Berger, apoiado por seu irmão e atual prefeito de Florianópolis, Dário Berger.
Já se passou quase um mês e a única esperança de punição de Djalma está na ação do Ministério Público Eleitoral, publicada neste blog ontem. Em síntese, o MP abriu uma ação de investigação judicial eleitoral contra Djalma Vando Berger por crime eleitoral. Ele é acusado de abuso de poder político e captação ilícita de sufrágio por conta das promessas de assentamento feitas à comunidade de José Nitro, em São José, às vésperas do pleito eleitoral, no início de outubro.
Diante da imobilidade e da vagareza em ajudar a resolver um problema que o próprio prefeito criou, o povo decidiu agir e conta com o apoio de todos que acreditam ser possível um novo modelo de cidade, mais justa com seu povo.
Agora se torna ainda mais importante a solidariedade com essas famílias que estão reconstruindo suas vidas. Por isso, pedimos que organizem campanhas de solidariedade e colaborem com as campanhas já existentes.

Contestado vive! Pátria livre, venceremos!
Brigadas Populares
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
Coletivo Anarquista Bandeira Negra

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Documentário: La Educación Prohibida



No mês do seu lançamento mundial, com milhões de visualizações, lançamos um dos melhores documentários postados aqui no docverdade, indispensável a todos os educadores, alunos e pais que acreditam que a educação possa ser divertida, criativa, libertadora, reflexiva e agradável.

Do site http://www.educacionprohibida.com/:
"A Educação Proibida é um documentário que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação, mostrando diferentes experiências educativas, não convencionais que propõem a necessidade de um novo modelo educativo.
A Educação Proibida é um projeto realizado por jovens que partiram da visão de quem aprende e que embarcaram numa pesquisa que cobre 8 países realizando entrevistas com mais de 90 educadores de propostas educativas alternativas. O filme foi financiado coletivamente graças a centenas de co-produtores e tem licenças livres que permitem e incentivam sua cópia e reprodução.
A Educação Proibida se propõe alimentar e lançar um debate de reflexão social sobre as bases que sustentam a escola, promovendo o desenvolvimento de uma educação integral centrada no amor, no respeito, na liberdade e na aprendizagem."

Agradecimentos ao Partido Pirata Argentino pela sugestão e links.

Download:
Para baixar o documentário em alta qualidade (HD) use plugins como o Downloadhelper (no navegador Firefox) quando visualizá-lo no Youtube;

ou então, baixe pelo site do documentário.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil


Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.

Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós.  Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.

Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.

Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.

Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para  jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.

Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.    
 
Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay

 
Fonte: CIMI - Conselho Missionário Indigenista - http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6578&action=read
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A casa que o prefeito deu pra gente

(leia, também, o texto abaixo do vídeo)

Em solidariedade a luta das famílias despejadas da comunidade de José Nitro, Jardim Zanelatto e arredores (cidade de São José, SC) o CMI-Floripa publica o vídeo "A casa que o Prefeito deu para nós".
O curta tem pouco mais de 15 minutos e, a partir do relato das/os desalojadas/os, conta a história de uma promessa feita pelo prefeito Djalma Berger que acabou desestruturando a vida de 200 famílias.
No período de sua campanha para reeleição em outubro 2012, o prefeito de São José (cidade que fica ao lado de Florianópolis) se comprometeu a ceder as famílias a posse de um terreno de propriedade da Imobiliária Suvec Ltda, no bairro de José Nitro. Em mais de uma reunião com as/os moradoras/es, a promessa foi confirmada pelo seu irmão Dário Berger, atual prefeito de Florianópolis. Diante tais declarações, além das pessoas que já se encontravam no terreno há anos, outras famílias passaram a construir suas casas no local.
Assim que as eleições acabaram (com a derrota de Djalma no primeiro turno) a promessa veio em forma de repressão. As famílias foram expulsas de suas casas na presenca de 200 polícias armados. Todos tiveram apenas uma hora para retirar seus pertences do local. Logo chegaram os tratores destruindo as casas, os barracos e o sonho de muitos.
A região da Grande Florianópolis passa por um processo intenso de especulação imobiliária. Enquanto os aluguéis sobem bruscamente na ilha e no continente, os governos deixam de investir em projetos dignos para resolver a questão da moradia popular. A cidade que abriga um dos bairros mais luxuosos do país (Jurerê Internacional) é também cenário de um movimento acelerado de favelização.
Após o despejo, as famílias se organizaram em um processo de luta para conquistar novas moradias. Atualmente as/os desalojadas/os se encontram abrigadas/os no ginásio do bairro Jardim Zanelatto. Lá estão ocorrendo reuniões e assembléias onde participam as famílias e também uma rede de apoiadoras/es articulada com a luta pela moradia na Grande Florianópolis.
Até agora, os grandes meios de comunicação do estado de Santa Catarina têm ocultado a situação. 
Colabore com a luta divulgando esse vídeo. Muitas imagens foram gravadas pelas/os próprias/os moradoras/es.
Para continuar a luta, as famílias também precisam de apoio estrutural. Toda ajuda é bem vinda. No ginásio é preciso todo dia correr atrás de comida, fraldas, materiais de limpeza e de higiene pessoal, além de dinheiro para comprar a água e o gás da cozinha. No momento existem também mais de 70 crianças no ginásio que estão precisando de atenção especial. 
Doações podem ser feitas no prédio da Faed (UDESC) ou pelo e-mail movimentomoradiafloripa@gmail.com.