quarta-feira, 20 de março de 2013

Mais uma indicação de BOA leitura!!!

Companheir@s! 
Saiu, enfim, mais uma edição da Revista DISCURSOS SEDICIOSOS, coordenada pela Dra. Vera Malaguti Batista, do Instituto Carioca de Criminologia - ICC, Rio de Janeiro, com artigos da "fina flor" da Criminologia Crítica no Mundo!
Vale a leitura 




Ficha Técnica

Autor(s): Vera Malaguti Batista, Eugenio Raúl Zaffaroni, Nilo Batista, Alessandro de Giorgi, Ana Paula B. Ribeiro da Silva, Ângela Mendes de Almeida, Aury Lopes Júnior, Bárbara Hudson, Beatriz Vargas Ramos, Camila C. de Mello Prando, Carlos Eduardo Fialho, Cezar Roberto Bitencourt, Cláudio Alberto G. Guimarães, Dario Melossi, Geraldo Prado, Jefferson de Almeida Pinto, João Carlos Castellar, Juarez Tavares, Katie Argüello, Loïc Wacquant, Lolita Aniyar de Castro, Luis Geraldo Gabaldón, Machado de Assis, Marco Aurélio N. da Silveira, Maria Lívia do Nascimento, Maria Lúcia Karam, Mariana de A.Brasil E Weigert, Mário Davi Barbosa, Ney Fayet Júnior, Nils Christie, Otávio Bravo, Pablo Rodrigo Alflen da Silva, Paulo Emílio M. de Azevedo, Rafael Borges, Rafael Coelho Rodrigues, Roberta Werlang Coelho, Rodrigo Codino, Rubens R. R. Casara, Sacha Darke, Salo de Carvalho, Sylvia Moretzsohn, Tatiana Barboza Miranda, Thiago Fabres de Carvalho, William da Silva Lima

ISBN: 9771413988001
Ano de Edição: 2012
Edição: 1ª. Edição
Número de Páginas: 696
Formato: 16 X 23
Idioma: Português
Sinopse
A nossa revista chega ao número 20! Quando começamos nos anos noventa, com a inesquecível presença de Carlos Magno Nazareth Cerqueira, Nilo brincava dizendo que se a revista não deslanchasse daria um bom calço de mesa. Tudo conspirava contra sua permanência: saíamos do governo de Leonel Brizola amplamente derrotados em todos os sentidos. Era exatamente naquela conjuntura que o estado de polícia se espraiava, nos primeiros movimentos do neoliberalismo ascendente. Como fazíamos questão de apontar, a questão criminal começava a ocupar os corações e mentes do Brasil. Naquele momento começava a se quebrar uma cultura de resistência à truculência policial que determinava uma renaturalização que viria a se constituir em aplauso. Passamos esses quase vinte anos assistindo à construção daquilo que Loïc Wacquant descrevera como o Estado Penal. A população de brasileiros encarcerados pulou de cerca de 100 000 para mais de 500 000, com mais de 600 000 sob penas alternativas. O mais impressionante era a adesão intelectual, à direita e à esquerda, em torno das sistemáticas campanhas de lei e ordem estadunidenses dirigidas a um inimigo recorrente em nossa história: a juventude popular das favelas urbanas e bairros pobres. A política criminal de drogas atualizou nossos fantasmas tratando de, junto com a grande mídia, esculpir cotidianamente o homem matável. Esse movimento produziu uma colossal demanda por ordem e uma adesão subjetiva ao extermínio que nem um governo popular conseguiu deter. O resultado assustador é uma nova cultura criminológica e jurídica hoje hegemônica, que tem como bem jurídico tutelado a segurança pública. Nesse modelo as garantias são entendidas como privilégios, as favelas são territórios inimigos a serem ocupados e até a Corte Suprema, pautada pela grande mídia, discute se é obrigatório ter provas para punir. O nosso legado escravocrata e inquisitorial ibérico ressurge assustadoramente.
Nesse número reunimos um potente conjunto de autores e artigos que ajudaram a construir uma rede de resistência que hoje se multiplica pelo Brasil e também pela América Latina. Perdemos muitos grandes companheiros nessa árdua caminhada, mas recebemos também uma surpreendente recepção de uma juventude indômita que atua em diversos fronts dessa luta. Agradecemos a nossos fiéis leitores, aqueles que nos acompanharam nesses tempos difíceis e apresentamos aqui mais munição para as lutas contemporâneas contra as opressões penais que o capitalismo sempre atualiza. Nas seções desse número encontram-se diferentes olhares e diferentes maneiras de resistir: do direito penal ao luxo de ter parte da obra de Carlos Vergara entoando cantos de liberdade.

Fonte e aquisição: www.revan.com.br

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